Nossa polícia tem como dar a resposta com ações integradas, defende Eskudlark
A onda de violência e ataques contra a polícia que atingiu Santa Catarina tem ligação com o que ocorre em São Paulo, mas o estado e nossas polícias têm condições de dar a resposta, desde que exista uma atuação integrada e profissionais motivados. A opinião é do deputado Maurício Eskudlark (PSD) e compartilhada pelos deputados Amauri Soares (que representa os praças da PM no parlamento) e Gilmar Knaesel, presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
O assunto foi debatido na última semana durante a gravação do programa “Parlamento em debate”, da TV Assembleia. Também apontaram que a raiz do crescimento da violência e a ação radical dos marginais dentro e fora dos presídios esta na impunidade e da benevolência das leis, além da falência do sistema carcerário.
Pena de morte - “Os marginais atuam no sentido de desestabilizar a segurança pública e deixam a sociedade refém de pequenos grupos, por isso a necessidade de um comando forte e integrado entre Policia Civil e Militar”, observou o deputado Mauricio Eskudlark, com a concordância do deputado Amauri Soares. Para Eskudlark, não há dúvida também de que a maior parte das ações tem origem dentro dos presídios. “O bandido preso esta protegido pela lei, mas decreta a pena de morte para o outro que esta fora da cadeia caso não cumpra as ordens do crime organizado”, afirmou.
Falta de efetivo, aumento da criminalidade e impunidade
O deputado Gilmar Knaesel afirma que, entre os problemas levantados a partir de dados colhidos no ciclo de dez audiências públicas regionais promovidas neste ano pela Comissão de Segurança Pública, destacam-se a carência de efetivo nas Polícias Militar e Civil e no Corpo de Bombeiros e o aumento da criminalidade relacionado às drogas. “Também há uma preocupação quanto à importação da criminalidade. Os bandidos têm vindo de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro. É preciso ter coragem para debater esse tema”.
Os parlamentares ressaltaram a questão da impunidade e a necessidade de mudanças na legislação, como a reforma do Código Penal brasileiro. “Os policiais prendem os bandidos e as leis soltam”, salientou Knaesel. “Os marginais se apoiam na certeza da impunidade, que faz com que toda a sociedade fique refém de alguns poucos”, complementou Eskudlark, acrescentando que Santa Catarina precisa defender o seu principal diferencial na área econômica e turística nacional que é o bom nível de segurança pública.