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22/11/2017 - 11h36min

Previsão de redução na safra de milho é tema de reunião da Comissão de Agricultura

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Haroldo Elias, engenheiro agrônomo do Cepa, expõe os números da safra 2017/2018

Os órgãos governamentais estimam que ocorrerá uma redução de 12% na área plantada de milho na safra 2017/2018. As medidas necessárias para amenizar os impactos desse cenário na cadeia produtiva de proteína animal do estado foram discutidas durante reunião da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa, realizada nesta quarta-feira (22), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, com a presença do secretário adjunto da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, e de técnicos do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Durante a reunião, os técnicos do Cepa e da Conab apresentaram as estimativas da safra de verão 2017/2018 para várias culturas, com destaque para o milho, que é o principal insumo da cadeia de proteína animal do estado e sofre fortes oscilações de mercado. Em 2016/2017 houve incentivo à produção e foi registrada uma supersafra, com consequente queda do preço, o que desestimulou os produtores este ano, conforme explicou o engenheiro agrônomo do Cepa Haroldo Elias. O órgão estima que foram plantados 318 mil hectares do grão na safra que está em campo (12% a menos em relação à última safra) e que haverá redução de 4,7% no rendimento médio, totalizando 16% a menos de grão disponível em 2018.

A área de milho que deixou de ser plantada foi utilizada para cultivo de soja e de milho para silagem, produto que atende diretamente a produção leiteira, de acordo com o engenheiro Haroldo Elias. A produção de soja deve aumentar 7,3% nesta safra.

O estado de Santa Catarina produz 3,3 milhões de toneladas de milho e consome 6,6 milhões de toneladas. O déficit precisará ser compensado com a importação de grão e exigirá medidas governamentais. “Não temos solução milagrosa, precisamos olhar múltiplas opções”, adiantou o secretário, listando uma série de ações que podem amenizar a dependência e impedir que a produção de proteína animal, responsável por 60% do PIB agropecuário catarinense, migre para outros estados. Uma dessas medidas é investir em tecnologia para o aumento da produtividade, pois nas áreas mais produtivas, o resultado se equipara ao da soja, principal concorrente, conforme Spies. “Estamos distribuindo, pela Secretaria de Agricultura, sementes de alta qualidade e calcário”, informou.

Ele listou a necessidade de mais investimento em sistemas de armazenagem; a melhoria das estradas para redução do custo de transporte; e a abertura de um canal de importação de milho do Paraguai, que tem disponibilidade de grão a preços mais baixos e a distâncias menores em relação ao Oeste catarinense. O governo catarinense já está discutindo com o governo do Paraguai as medidas necessárias para a implantação desse canal, que exigiria a pavimentação de 35 km de uma estrada, no território paraguaio, até a fronteira com Dionísio Cerqueira e a ampliação e modernização das aduanas.

Opiniões
O deputado Cesar Valduga (PCdoB), autor do requerimento que possibilitou a vinda dos técnicos à Comissão de Agricultura, afirmou que o secretário esclareceu muito bem os principais pontos do Plano Safra Verão. “Ele abordou pontos que são o grande gargalo da nossa produção, como a armazenagem e o sistema de transportes”, opinou Valduga.

O déficit de milho em Santa Catarina é uma preocupação constante da Comissão de Agricultura, de acordo com o presidente, deputado Natalino Lázare (PODE). “Há, infelizmente, altos e baixos no mercado, e não existe hoje, claramente, uma política definida e uma sintonia entre produção e consumo. Precisamos corrigir isso no futuro para dar segurança a quem produz e às agroindústrias, para que sejam competitivas no mercado nacional e internacional”, disse. Durante a audiência foram apontadas várias estratégias que devem ser perseguidas, conforme Natalino, para a melhoria da produtividade.

Lisandrea Costa
Agência AL

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