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04/07/2013 - 13h26min

Na última semana na China, comitiva visita indústria carboquímica

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Comitiva brasileira esteve também em fábrica de macacos hidráulicos para mineração. FOTO: Reprodução/TVAL

No início desta semana, a comitiva brasileira de técnicos especializados em mineração do carvão que viajou à China conheceu uma usina carboquímica em Pingdingchang, província de Henan, que transforma o carvão no coque, usado na siderurgia. Nesse processamento químico, são liberados diversos gases que, separados, derivam em produtos como a amônia, utilizada na fabricação de fertilizantes; benzina e metano, para fazer combustíveis; alcatrão, para produção de material asfáltico, entre outros.

O grupo também visitou, na mesma cidade, uma das mais antigas usinas de beneficiamento de carvão em leito fluidizado da China: Tian Zhuan. Inaugurada em 1970, a planta separa o mineral conforme o poder calorífico. Pelas esteiras, passam 1,1 toneladas por hora. A usina recebe carvão de oito diferentes minas da região. O mineral de primeira qualidade é usado para fazer coque, destinado à indústria siderúrgica. Já o carvão de menor poder calorífico é enviado para termelétricas para produzir energia.

A comitiva ainda foi recebida na sede da prefeitura de Pingdingchan. Os brasileiros se encontraram com o secretário municipal do Partido Comunista da China (PCP), Chen Jiansheng, que já esteve em Santa Catarina no ano passado, quando era prefeito da cidade chinesa. Na época, ele assinou um protocolo de irmandade entre Balneário Camboriú e Pingdingchan.

Nova técnica
Depois de duas semanas de visitas e reuniões na China, o último dia da comitiva brasileira foi dedicado à visita da nova fábrica da PMJ, empresa que produz macacos hidráulicos para minas. A companhia chinesa investiu US$ 220 milhões na construção da unidade, distante uma hora da cidade de Pingdingshang.

Em um ano, já foram produzidos 10 mil equipamentos. Na entrada da fábrica, um suporte hidráulico de oito metros chama atenção. É um protótipo em fase de testes, que será produzido sob encomenda. “Desenvolvemos esse projeto em 2012. Estamos testando o protótipo e as exigências técnicas já estão aprovadas. Nossa expectativa é começar a vendê-lo em grande escala daqui uns dois anos”, explica o vice-gerente da unidade, Zhou Xi Jie.

No ano passado, representantes do grupo PMJ estiveram em Santa Catarina para conhecer as minas da região de Criciúma. Na época, eles sugeriram elaborar um projeto de exploração de carvão baseado na geologia catarinense por meio da técnica “long wall” (que pode ser traduzido como “muro longo”). Esse método faz uso dos macacos hidráulicos produzidos pela empresa chinesa e permite a retirada total do carvão.

Na quarta-feira (3), o projeto foi apresentado aos técnicos brasileiros. Para o engenheiro de minas e assessor técnico do Sindicato da Indústria de Extração do Carvão de Santa Catarina (Siecesc), Claudio Zilli, a proposta ainda precisa ser analisada no Brasil. “Vamos levar o projeto elaborado pela PMJ para a análise dos técnicos do sindicato e, com o auxílio do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vamos avaliar se a técnica de extração “long wall” é a melhor opção para as minas catarinenses”, pondera Zilli.

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