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24/06/2013 - 12h00min

Comitiva brasileira conhece novas técnicas de extração do carvão na China

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Dando continuidade ao trabalho de cooperação técnica para mineração do carvão, iniciado em 2011, uma comitiva brasileira organizada pelo Parlamento catarinense está na China para buscar  alternativas de tecnologias para extração e beneficiamento do mineral no Estado. O grupo brasileiro está visitando empresas chinesas do ramo da mineração e quer conhecer novos equipamentos para perfuração de galerias, técnicas de extração e outras formas de beneficiamento do carvão. Eles foram recebidos na empresa Tiandi de Xangai, uma das 21 filiais do grupo, que tem sede em Pequim e conta com 17 mil funcionários. A companhia é 60% estatal e desenvolve tecnologia para mineração, além de testar e executar projetos que, quando bem sucedidos, são implantados na China e outros países.

A empresa teve início em 1957, primeiramente como espaço para pesquisa e desenvolvimento de tecnologia por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia. Depois de décadas de estudos, surge a empresa. Fundada em 2000, ela é hoje considerada pelo governo chinês como modelo, principalmente quanto à fabricação de equipamentos para extração do carvão. Para manter esse título, eles investem na formação superior dos funcionários, que têm a possibilidade de fazer um curso de mestrado ou doutorado em engenharia dentro do próprio grupo. Atualmente, 23 profissionais cursam doutorado, 55 já possuem o título de doutor e 672 fizeram mestrado. O diretor-geral, Liu QuanMing, ressalta que o investimento nos profissionais é fundamental para manter a qualidade do trabalho. “Cerca de 70% dos projetos previstos pelo governo ligados à tecnologia do carvão passam pelas mãos da equipe da estatal”, destaca.

O grupo trabalha em cooperação com mais de 30 países. Por enquanto, o Brasil ainda está em fase de negociação. O chefe da comitiva brasileira e superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/SC), Ricardo Peçanha,  disse estar  impressionado com a capacidade da empresa que, além de ser um centro de desenvolvimento e pesquisa, também fabrica 23 diferentes linhas de equipamentos em mais de 60 modelos. No ano passado, todo o grupo alcançou um faturamento de 2,5 bilhões de dólares e, em 2011, somente a filial de Xangai faturou 960 milhões. “Eles atendem basicamente o mercado russo, mas esperamos firmar uma parceria para que eles forneçam equipamentos também para o Brasil. Acredito que isso possa elevar bastante a nossa produtividade”, destacou Peçanha.

Após a visita, a comitiva seguiu para a cidade de Taian, província de Sandong, a 800 quilômetros de Shanghai. Nesta terça-feira (25) eles visitam uma mina para observar os equipamentos da empresa em funcionamento.

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