Na China, comitiva conhece técnicas para reaproveitar rejeitos do carvão
Os integrantes da comitiva brasileira que está na China para conhecer novas tecnologias e formas de extração e beneficiamento do carvão mineral visitaram uma usina, na cidade de Datong, que faz o reaproveitamento dos rejeitos, transformando em outros produtos o que seria jogado fora após a separação do carvão. É o caso do caulim, mineral que também é extraído durante a mineração do carvão chinês. Na usina, ele é processado e transformando num material que será usado na indústria química.
Os brasileiros também conheceram uma unidade do grupo que produz blocos para construção a partir do argilito, também separado durante a mineração do carvão. Com este material, eles fabricam tijolos para a construção civil.
O chefe da fábrica, Dai Bao Cheng, explica que o meio ambiente é quem mais ganha com esse reaproveitamento. O material que seria descartado é usado para gerar energia no galpão para fabricar os tijolos. Os blocos são queimados a uma temperatura de 1050° C por 21 horas e, depois de prontos, são utilizados na construção civil, podendo ser usados para erguer prédios de até oito andares.
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Na sequencia, a comitiva teve a oportunidade de conhecer uma das maiores minas da China, com uma produção anual de 15 milhões de toneladas de carvão. Isso é três vezes mais do que todas as minas do Brasil juntas produzem em um ano.
O grupo brasileiro também visitou uma planta de beneficiamento que separa o carvão dos demais rejeitos e também o carvão de má qualidade. Um terço de tudo de toda a produção seria jogado fora, mas, com a prática da Economia Integrada, o rejeito é transportado para outra usina, que queima o material e gera energia. As cinzas que sobram desse processo são usadas para fabricar cimento, tijolos e construir estradas.
“Visitamos uma usina de geração térmica que está em construção e será inaugurada em agosto. Ela terá uma potencia de 1200 megawatts e a capacidade de gerar energia até mesmo de um carvão de má qualidade, que chega com 40% de cinzas”, explica o diretor técnico do Sindicato da Indústria Carbonífera de Santa Catarina e um dos integrantes da comitiva brasileira, Claudio Zilli.
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