Seminário destaca aumento da expectativa de vida de pessoas com deficiência

FOTO: Solon Soares/Agência AL

O aumento da expectativa de vida para quem tem deficiência é uma das notícias positivas do século XXI. Por outro lado, isso virou um desafio social. O envelhecimento e a morte dos familiares destas pessoas geram dúvidas sobre o destino delas. O tema é um dos principais debates de um seminário realizado na Assembleia Legislativa.

Promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o evento reúne profissionais do setor vindos de todas as regiões do Estado no auditório Antonieta de Barros. A presidente da Federação das Apaes de Santa Catarina (Feapaes), Lorena Starke Schmidt, considera que a relevância das três pautas do seminário é a mesma. Mas, é inegável que o tema da residência inclusiva acaba tendo para a sociedade um destaque de maior impacto em relação ao aprimoramento das entidades na captação de recursos e elaboração de projetos e o aprimoramento do trabalho dos assistentes sociais.

Segundo Lorena, os avanços da medicina e o trabalho permanente de instituições como a Apae junto às famílias provocaram a melhoria na qualidade de vida de quem tem deficiência. Se na década de 1970 a expectativa de vida para esse grupo social era de 30 anos, atualmente gira em torno de 60 a 70 anos. “Quanto mais cedo as crianças fizerem uma avaliação na Apae, melhor será a reabilitação e mais vão viver”, explicou. Por isso, cada vez mais elas são entregues às creches formais e ao ensino fundamental e logo tendo uma vida melhor.

Presidente da comissão, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) destacou a relevância do trabalho multidisciplinar efetuado pela Apae. E, de acordo com ele, para amplificar ainda mais a atuação da entidade o Parlamento cumpre sua missão por meio do colegiado de promover o seminário. “Temos que debater as bases de uma residência inclusiva. Precisamos tratar sobre como podemos estimular a sociedade para que os acolham e nos ajudem nessa que é uma responsabilidade social de todos nós.”