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Para Eskudlark, compra de armas não influencia no aumento da violência no estado
Os novos incidentes envolvendo ataques a ônibus em Santa Catarina e a divulgação nesta semana de que o estado lidera o ranking de aquisição de armas no país foram temas de debate na Assembleia Legislativa.
O deputado Maurício Eskudlark (PSD) contestou, em parte, as noticias divulgadas de que os catarinenses estejam comprando mais armas com o intento de se defenderem. Em Santa Catarina, disse o parlamentar, de forte colonização germânica, são muito comuns os clubes de tiro, fato que contribui para colocar o estado entre os que mais compram armas do país. “São armas regularizadas, que não são compradas para praticar irregularidades, mas para uso em competições esportivas”, observou.
Eskudlark afirmou ainda que apesar do aumento dos registros criminais, o estado ainda permanece o mais seguro do país. Ele defendeu, entretanto, mudanças na legislação federal. ”Se as leis não forem mudadas, visando responsabilizar também os menores de idade, episódios de criminalidade vão continuar acontecendo por todo o país, pois não é uma particularidade de Santa Catarina”.
PENITENCIÁRIA E COMISSÃO DE SEGURANÇA - Como presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, o deputado Mauricio Eskudlark acompanhou a presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate a Violência, deputada Angela Albino (PC do B), durante visita penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, nesta última quinta-feira, 23.
O objetivo foi conferir as denúncias de supostos abusos na revista de familiares de presos durante as visitas. Apesar das deficiências estruturais e de pessoal constatada, Eskudlark observou que há avanços positivos na unidade como o aumento na quantidade presos que estão trabalhando, “o que representa menos detentos para serem aliciados pelo crime organizado”. O deputado também destacou a ação do governo em determinar a contratação de mais 64 agentes prisionais temporários (ACTs), ate que finalize o novo concurso público para a categoria.
Mesmo assim, Mauricio Eskudlark acredita que o debate sobre a situação da penitenciária e os reflexos nas ações do crime organizado deve ser ampliado no parlamento para que sejam encontradas formas de contribuição neste processo. Por isso, anunciou que na próxima reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, deverão ser convidados a participar e prestar informações, a secretária de Justiça e Cidadania, Ada De Luca, e o diretor do Departamento de Administração Prisional, Leandro Lima.
