Meio Ambiente: projeto visa reduzir custo da autogeração de energia elétrica
Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o deputado Dirceu Dresch (PT) protocolou Projeto de Lei 198/2015, que tem o objetivo de estimular a microgeração de energia elétrica a partir de fontes limpas, como a energia solar ou eólica. A proposta estabelece as condições gerais para a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) da energia gerada por equipamentos de microgeração cujo excedente produzido é colocado na rede elétrica pública de abastecimento. Também garante a isenção do ICMS de componentes e equipamentos, a exemplo dos painéis solares.
"Nossa proposta visa estimular o investimento e facilitar o acesso a equipamentos que possibilitem que o consumidor possa gerar a própria energia elétrica, a partir de fontes limpas, para que tenhamos cada vez mais telhados residenciais ou de empresas transformados em usinas de geração de eletricidade. Queremos reduzir o custo, tornar a autogeração mais acessível e garantir um retorno mais rápido do investimento, que hoje varia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para uma casa de porte médio e pode levar até dez anos para se pagar", afirmou o deputado.
A Resolução 482 /2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autoriza as empresas concessionárias e distribuidoras de energia elétrica a absorverem a energia produzida em sistemas particulares de microgeração. Ao exportar eletricidade, o proprietário do sistema recebe um crédito de energia que é a diferença entre o que ele consumiu da rede de distribuição e o que ele gerou.
Hoje o ICMS da energia elétrica está sendo cobrado duas vezes pelo governo do Estado, incidindo sobre a energia gerada pelo sistema de microgeração e sobre a energia consumida da rede de distribuição. O projeto visa justamente corrigir essa distorção, isentando a cobrança do imposto da microgeração. Se o consumidor coloca na rede mais energia elétrica do que ele consome na residência ou empresa, não vai pagar imposto e vai acumular crédito. A medida já vem sendo adotada pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco, com autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária, o Confaz. "Sem a cobrança do imposto, o retorno do investimento na microgeração será mais rápido", resume Dresch.
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Deputado Estadual Dirceu Dresch - PT/SC
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