Homenageada com Prêmio Mulher Catarina 2015, deputada Dirce fala sobre desafios e avanços da mulher
Homenageada com o Prêmio Mulher Catarina 2015, honraria concedida pelo CDL de Palhoça, em solenidade nesta segunda, dia 09, a coordenadora da Bancada Feminina, deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), no mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08 de março, levanta uma reflexão a respeito dos avanços e dos desafios do universo feminino no Estado.
Ela aponta que um feito pode ser considerado um momento histórico para a efetiva participação feminina na vida pública em Santa Catarina. O Estado desponta, novamente, no ineditismo ao oficializar a criação da primeira Bancada Feminina no Poder Legislativo do país. “Um avanço na luta pelo empoderamento de poder da mulher catarinense”, admite a coordenadora.
Ela destaca que os avanços são gradativos e os desafios ainda inúmeros. Cita, por exemplo, que a criação da Bancada Feminina em Santa Catarina pode reverter o quadro da ínfima participação da mulher na vida pública. “Queremos mobilizar e buscar o engajamento de nossas mulheres catarinenses."
Apesar de ser a maioria do eleitorado brasileiro, não há como não reacender o debate sobre a participação feminina na política. A mulher brasileira representa 51,95% do eleitorado no país, no entanto o percentual de mulheres na vida política ainda é considerado pequeno.
“Nosso Estado dá o primeiro passo no país para mudar essa realidade ao institucionalizar a Bancada Feminina”, afirma. Outro desafio é a disparidade salarial entre homens e mulheres, aponta a parlamentar.
Apesar das mulheres terem avançado no mercado de trabalho, ainda há um longo caminho a percorrer. Dados confirmam essa realidade. Por exemplo, em 2014, 44,1% das vagas de emprego formal em Santa Catarina foram preenchidas por mulheres. Porém o salário médio delas representa 85% do recebido pelos homens. Os dados foram apresentados pelo setor de Análise do Mercado de Trabalho da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST). O salário médio de contratação para elas é de R$ 1.070,30, e entre os homens é de R$1.258,86. “Essa disparidade salarial é um desafio que temos que avançar. A falta de respeito e de valorização com a profissional mulher é evidente."
A parlamentar também avalia que o Brasil dá um passo definitivo rumo ao combate efetivo contra a violência contra a mulher. “Acreditamos que o endurecimento da lei Maria da Penha, transformando assassinatos e violência contra as mulheres em crime hediondo é um grande avanço. Agora quem mata mulher não tem como sair da cadeia. O crime é inafiançável”.
Jornalista Valquíria Guimarães
Assessoria de Comunicação Deputada Dirce Heiderscheidt
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