Florianópolis poderá contar com uma Casa da Mulher Brasileira
A capital dos catarinenses poderá ser a primeira cidade do país a disponibilizar para as mulheres vítimas de violência uma Casa da Mulher Brasileira. A indicação de número 203.8/2014, da deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), coordenadora da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa, foi encaminhada ao governador Raimundo Colombo solicitando a liberação de um terreno para construção em Santa Catarina desse centro, que vai integrar serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para o trabalho, emprego e renda em todas as 27 capitais brasileiras.
Esse encaminhamento foi acatado pelo governador, que é sensível a causa das mulheres. E o projeto já está na Coordenadoria Estadual da Mulher e na Secretaria de Políticas para Mulheres.
O programa Mulher Viver sem Violência foi lançado em abril pelo Governo Federal e prevê a construção de centros chamados de Casa da Mulher Brasileira.
“O interessante é que todos os serviços serão disponibilizados em um só lugar para as mulheres”, enfatizou Dirce
Números que assustam
O Mapa da Violência contra a Mulher, publicado em 2012, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), que informou que mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no país entre os anos de 1980 e 2010, tendo quase metade dessas mortes se concentrado apenas na última década. E de quebra, que em 2011, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, registrou 70.270 atendimentos a mulheres vítimas da violência. A maioria delas tinha entre 15 e 29 anos e foi agredida por maridos ou namorados.
No ano passado, dez mulheres foram vítimas de maus tratos a cada hora, segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). A deputada Dirce Heiderscheidt é autora ainda da Lei 15.974, de 14 de janeiro de 2013, que determina a obrigatoriedade da divulgação do serviço de Disque Denúncia Nacional de Violência Contra a Mulher, o Disque 180, em todo o território catarinense. Os estabelecimentos comerciais devem afixar placas contendo o seguinte texto: “Violência contra a mulher: denuncie! Disque 180”. “ Essa realidade é lei estadual e deve ser respeitada. A sociedade não pode mais se calar, se omitir, ser conivente com casos de violência contra as mulheres catarinenses”, afirmou. .
Jornalista Valquíria Guimarães – Reg.Prof. 6829/RS
Fotojornalista Marcilio Arruda
Assessoria de Comunicação
Deputada Dirce Heiderscheidt
91047676