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Educação: Coruja diz que a MP 746 fragiliza uma boa ideia
FOTO: Solon Soares/Agência AL
O deputado Fernando Coruja (PMDB) falou hoje no Plenário da Assembleia sobre a Medida Provisória 746, editada pelo presidente Michel Temer, e lamentou que as propostas de alterações na estrutura do ensino médio tenham vindo por um viés autoritário. "A Medida Provisória fragiliza uma boa ideia", resumiu.
Coruja diz que o debate precisa ser travado, que a sociedade precisa entender a questão. " A comunidade, os professores, alunos e pais devem ser envolvidos. É preciso um convencimento,é preciso que todos - professores, alunos e pais entendam também . Os professores são parte essencial da questão e precisam participar. Os alunos também precisam entender, é fundamental o convencimento".
O deputado lembra que o Brasil está aquém de outros países e não consegue avançar na Educação. "Com altas taxas de evasão e reprovação na rede pública, a nossa Educação não prepara adequadamente os jovens para o ensino superior nem para o exercício de atividades profissionais".
Coruja lembra que todas as avaliações conhecidas vêm demonstrando, há anos, que a reforma tornou-se inadiável." O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2015 -Ideb, divulgado neste ano, evidenciou a urgência na adoção de mudanças. Aqui em Santa Catarina tivemos uma queda na avaliação divulgada este ano, comparada com a anterior. Estamos patinando no Ensino Médio", ressaltou Coruja.
Para o deputado Coruja, "a maioria das pessoas se detém mais nas condições físicas, nas instalações das escolas do que no modelo pedagógico. A Escola precisa ter o sabor de saber, para que os alunos se motivem a estudar. O teor da MP, que propõe dois eixos básicos - o incentivo à especialização e o ensino integral, caminha nesse sentido, mas chegou com o viés autoritário ".
Falecimento de Celso Ramos Filho
Ao iniciar seu pronunciamento, Coruja estendeu seus sentimentos aos familiares do ex-deputado estadual Celso Ramos Filho, cujo falecimento ocorreu nesta quarta-feira (5), no hospital SOS Cárdio, em Florianópolis. Celso Ramos Filho, que tinha 91 anos, foi deputado estadual em dois mandatos, fundador e ex-presidente da Associação Catarinense de Engenheiros (ACE) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SC), tendo atuado ainda como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Natural de Lages, pertence a uma família de destacada participação na política catarinense, tendo o pai (Celso Ramos) e o avô (Vidal Ramos), exercido o governo estadual.
