Dresch critica cortes de recursos em programas da agricultura familiar
O deputado Dirceu Dresch (PT) criticou duramente a decisão do governo interino de cortar recursos de dois importantes programas que beneficiam os agricultores e os mais pobres: o Minha Casa Minha Vida Rural e da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). “Estão jogando na lata de lixo o programa Minha Casa Minha Vida. O governo de SC não constrói casa popular há muito tempo e o governo federal vinha suprindo esta demanda. Isso agora deixa de existir”, reclamou.
Segundo Dresch, o meio rural se beneficiou muito deste programa, pois os agricultores de baixa renda puderam construir suas casinhas e mudou a paisagem do interior. “Hoje vemos casas pequenas, mas bonitas, bem construídas, pintadas, com jardim em frente. E isto o governo golpista está cortando”, disse.
A segunda crítica do deputado é em relação à ação do governo provisório contra quase mil cooperativas da agricultura familiar no Brasil. “Este governo anunciou corte de R$ 10,6 milhões só em Santa Catarina no atendimento de famílias dos agricultores que normalmente não tinham acesso à assistência técnica”, denunciou. Segundo Dresch, a medida atinge diretamente 50 cooperativas no estado que atendem assentados da reforma agrária e da agricultura familiar.
“Este governo demonstra profunda desconsideração com os trabalhadores do campo e os políticos catarinenses que votaram a favor do impeachment precisam explicar para a sociedade o que está ocorrendo em nosso país”, provocou. Dresch disse que está aí mais um exemplo do processo de golpe contra os trabalhadores e pobres, que vão sentir mais os impactos da nova estratégia.
O deputado salientou que o governo federal precisa gastar menos, mas é necessário estabelecer o que e onde cortar. “Este governo está tirando dos pobres, do andar de baixo. Com este processo vamos ter enriquecimento de poucos e acúmulo de capital por um pequeno grupo, enquanto a grande maioria do povo fica sem casa, sem condições de vida e sem direitos.”
Dresch se diz profundamente indignado e revoltado pelos trabalhadores que estão pagando o “pato”. “Deram aumento ao judiciário e tiram a casa do povo pobre que precisa. Retiram recursos da assistência técnica, pesquisa e extensão rural da agricultura familiar que precisa produzir comida. Estamos colocando em risco o nosso futuro, a nossa soberania.”
Segundo ele, o governo federal vinha gastando dinheiro com quem precisava mais da presença do Estado. “Estes agricultores nunca tiveram direito à assistência técnica porque os órgãos públicos, como a Epagri, não ia visitá-los porque lá era mais difícil, o resultado não era imediato e o trabalho mais delicado”, lamentou.
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