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10/08/2016 - 17h44min

Ana Paula cita agressões às atletas em ato para marcar 10 anos da Lei Maria da Penha

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Deputada Ana Paula Lima
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A deputada Ana Paula Lima (PT) ressaltou, hoje (10), durante ato em comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha na Assembleia Legislativa, o quanto é necessário ainda fortalecer a luta pelos direitos e contra a violência que atinge as mulheres. “Neste momento em que o mundo inteiro olha para o nosso país por causa das Olimpíadas, quero citar dois exemplos que impactam o nosso cotidiano, reforçam a necessidade de revermos conceitos e superarmos a cultura da misoginia, do racismo, do preconceito, da homofobia e de qualquer tipo de segregação que torna o nosso país desigual e atrasado”, disse.

Segundo Ana Paula, todo o Brasil festejou a primeira medalha de ouro de uma negra, de uma menina que superou grandes desafios, a atleta Rafaela Silva, na modalidade de judô. “Foi uma festa imensa, aliás, as mulheres estão fazendo a diferença nestas Olimpíadas.” Mas antes de ser a campeã que colocou o Brasil no mais alto lugar no pódio, disse a deputada, a atleta foi vítima de ataques, de desrespeito e de ameaças nas redes sociais. “Ela precisou de apoio para superar esta onda conservadora e dar a volta por cima. Portanto esta medalha dourada não é do Brasil, esta medalha é de Rafaela Silva”, destacou.

Ana disse que a Rafaela representa muito mais do que isso, “representa as meninas que sonham com uma sociedade justa, com oportunidades e as mulheres que, como ela, levantam a cabeça. Apesar das adversidades, lutam, sonham e precisam se transformar em muitas para enfrentar uma cultura que não é nossa aliada”.

Outro exemplo citado foi a da nadadora Joanna Maranhão que após ser eliminada nas Olimpíadas enfrentou uma onda de ataques violentos nas redes sociais do mesmo tipo: ataque à sua orientação sexual, ameaça de morte à sua mãe, votos de que ela merecia ser estuprada e que se afogasse na piscina.

A deputada conta que Joanna Maranhão fez ontem um desabafo dizendo que nem todo o mundo entende a dificuldade que é chegar às Olimpíadas, que a história da infância dela não foi algo inventado para estar na mídia e que vai tomar as devidas medidas jurídicas. “A atleta disse que aguenta qualquer coisa, mas que tudo tem limite na vida. Chega deste tipo de violência.” Ana Paula, que é coordenadora da Bancada Feminina da Alesc, disse que é preciso questionar e discutir muito a cultura de opressão.

O ato de 10 anos da Lei Maria da Penha contou com a presença da coordenadora estadual da Mulher, Célia Fernandes e a presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Sheila Sabag. Estas entidades são parceiras da Campanha do Disque 180 “Violência contra a Mulher: Denuncie!”

A deputada afirmou que neste período de vigência da lei, aquela máxima de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” está superada e milhares de mulheres ainda estão sofrendo violência e morrendo. “Por isso exigimos que o estado de Santa Catarina faça a sua parte, que as delegacias sejam de atendimento especializado e que tenhamos Casas Abrigos. Esta luta é um sonho antigo meu”, ressaltou.

Segundo ela, com a promulgação da Lei Maria da Penha, passou a ser responsabilidade do Estado proteger e apoiar as mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. “Queremos apenas respeito e igualdade de direitos para termos uma sociedade justa, diferenciada onde todos, homens e mulheres, não precisem mais viver nesta cultura de ameaças e agressões. A voz de milhares de mulheres não irão se calar. Enquanto isso não acontecer, vamos continuar o enfrentamento”, disse.

 


Juliana Wilke
Assessoria Coletiva | Bancada do PT na Alesc | 48 3221 2824  bancadaptsc@gmail.com
Twitter: @PTnoparlamento | Facebook: PT no Parlamento

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