Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
18/12/2019 - 18h22min

Votação de empréstimo de quase R$ 1,5 bilhão fica para 2020

Imprimir Enviar
Deputado João Amin (PP) defende, durante reunião da CCJ, adiamento da análise do projeto sobre empréstimo junto ao Bird

Em reunião tensa, realizada na tarde desta quarta-feira (18), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou para o ano que vem a análise do Projeto de Lei (PL) 431/2019, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o governo estadual a fazer um empréstimo de US$ 344,7 milhões, o equivalente a aproximadamente de R$ 1,5 bilhão pelo câmbio atual, junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O objetivo do governo é utilizar o recurso para liquidação da dívida externa do Estado, contraída no Bank of America em dezembro de 2012.

A proposta tramita em regime de urgência e deverá ser votada em Plenário até o dia 7 de fevereiro. Ela estava na pauta de votações da reunião extraordinária da CCJ desta quarta, mas, a pedido da deputada Ana Campagnolo (PSL), a análise foi adiada para 2020. A relatora da proposta é a deputada Paulinha (PDT), que apresentou parecer favorável à tramitação.

Ana estava com o projeto com vistas em gabinete desde a reunião passada. Ela afirmou que apenas na terça-feira (17) recebeu resposta a pedido de diligenciamento que fez junto à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF). “Não tive tempo de apreciar essa resposta para elaborar meu voto vista”, disse.

O líder do governo na Alesc, deputado Mauricio Eskudlark (PL), com base no artigo 221 do Regimento Interno da Assembleia, requereu que o presidente da CCJ colocasse o projeto em votação, tendo em vista o esgotamento do prazo para a análise da matéria, por ela estar em regime de urgência.

Teve início, então, um debate sobre os prazos regimentais para a análise do PL 431/2019. Paulinha, Eskudlark e Luiz Fernando Vampiro (MDB) defenderam a votação, por causa do esgotamento dos prazos. Já João Amin (PP), Ivan Naatz (PV) e Ana Campagnolo (PSL) defenderam mais tempo para análise.

O requerimento de Ana, com o pedido de adiamento, foi rejeitado. João Amin pediu vistas em gabinete e o deputado Milton Hobus (PSD), que presidia a reunião, estava propenso a acatar o pedido de Amin, mas Vampiro e Paulinha solicitaram a votação do requerimento do líder do governo, que foi aprovado pela maioria dos membros da CCJ.

Amin protestou contra a decisão de Hobus de colocar o requerimento de Eskudlark em votação. “Nunca vi um pedido de vistas não ser respeitado”, reclamou. “O governador quer pagar uma dívida com cheque pré-datado.”

Ivan Naatz (PV) também criticou o empréstimo. Para ele, a operação vai custar R$ 300 milhões a mais para o governo que o empréstimo do Bank of America. O parlamentar pretendia elaborar um voto vista ao projeto.

Alertado que o Regimento Interno garantiria à deputada Ana Campagnolo o prazo de mais uma reunião para a elaboração de seu parecer paralelo, Hobus voltou atrás e concedeu o prazo para a parlamentar analise a resposta da Secretaria da Fazenda. Com isso, a votação do PL 431/2019 ficou para fevereiro.

Mais projetos
A CCJ analisou outros 21 projetos na reunião desta quarta. Entre eles, está outra proposta do Executivo, o PL 430/2019, que possibilita o uso de precatórios judiciais para o pagamento de dívidas que estejam incluídas na dívida ativa do Estado. Os membros da comissão aprovaram parecer da deputada Paulinha (PDT), que é favorável à tramitação da matéria. O PL vai para análise da Comissão de Finanças e Tributação e será votado em Plenário só no ano que vem.

Marcelo Espinoza
Agência AL

Voltar