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02/12/2016 - 11h03min

Torcedores, famosos e anônimos, ainda tentam entender a tragédia

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Torcedor da Chapecoense, na Arena Condá, na manhã desta sexta; inconformismo é geral

Já se passaram três dias da tragédia que matou 71 pessoas na Colômbia e interrompeu o sonho da Chapecoense de conquistar a América. Mas para as pessoas que visitam a Arena Condá, estádio onde o time de Chapecó manda seus jogos, ainda é difícil acreditar no ocorrido e entender como será a vida após a perda de tantos amigos e familiares.

"A impressão que a gente tem é que nós perdemos o coração da cidade", resume a deputada Luciane Carminatti (PT), moradora de Chapecó e integrante do Conselho Consultivo do clube. "Num momento tão difícil que o país atravessa, a Chapecoense era a alegria. Ela unia os diferentes. Mostrou que os pequenos podem ser grandes."

A parlamentar destacou a atuação da atual diretoria do time, cuja boa parte dos integrantes morreu no desastre aéreo. Segundo ela, o trabalho era diferenciado, feito com muita transparência, lisura e seriedade, mas, ao mesmo tempo, com muito amor pela Chapecoense. "No começo, eles tinham que tirar dinheiro do próprio bolso para pagar até conta de telefone de treinador", lembra. "É algo que fica para a história."

Luciane quer mobilizar a Assembleia Legislativa para manter viva a memória dos dirigentes mortos. Ela vai conversar com os deputados da região de Chapecó e com o presidente da Alesc, deputado Gelson Merisio (PSD), que também é da região, para discurtir qual será a melhor maneira de fazer esse reconhecimento.

"Temos essa obrigação. Não só uma homenagem momentânea. Temos a obrigação de eternizar. Pensar em algo que dê a visualização e mantenha viva a memória dessa conquista e que sirva de referência para as outras gerações, do bom futebol, de se fazer o correto", disse.

Emoção
O comandante da PM de Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, também não esconde a emoção ao falar da tragédia. Ele trabalhou vários anos em Chapecó e foi comandante do batalhão local, além de ter participado da diretoria da Chapecoense em 2007.

"Perdi 18 amigos nesse acidente", conta o coronel. "É um momento muito triste. Mesmo pra mim, com 35 anos de polícia, que passei por vários momentos tristes, mas nunca algo com tanto impacto."

A emoção também vem dos vários torcedores, que prestam suas homenagens de várias formas. Em uma das entradas do estádio, um memorial improvisado reúne cartazes, fotos, flores, velas e outros objetos relacionados com o time.

Na frente desse memorial, um adolescente com deficiência tocava num violão a música que compôs para o time. Pela manhã, um grupo de torcedores se dedicava a preparar origamis nas cores verde e branca, as cores da Chapecoense, que foram pendurados no alambrado.

Treinador da equipe no início do Campeonato Brasileiro, Guto Ferreira, atualmente no Bahia, não conseguiu segurar as lágrimas durante uma entrevista na Arena Condá, também na manhã desta sexta (2), e demonstrou seu incorformismo com o ocorrido. "Era um momento fantástico da equipe, fruto de muito trabalho, de muita luta, feito com planejamento e interrompido de forma tão cruel e sem sentido."

Marcelo Espinoza
Agência AL

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