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15/03/2018 - 14h21min

“Uma morte é uma tragédia suficiente”, diz secretário sobre combate ao crime

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Secretário Alceu entre os deputados Fernando Coruja e Dalmo Claro

Convidado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Aldo Schneider (MDB), e pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Fernando Coruja (MDB), o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Alceu de Oliveira Pinto Jr, participou da reunião da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (14) e falou sobre a estrutura da secretaria, o combate à criminalidade, a força humana policial, os investimentos previstos em tecnologias, a violência contra a mulher e a guerra entre facções criminosas. Questionado por Coruja sobre o temor da população, atualmente, com a vinda da maior organização criminosa do país, que se confronta com a facção local e provoca uma onda de violência no Estado, ele ressaltou que "poucas informações podem ser divulgadas mas pode-se afirmar que trata-se de uma organização muito forte, que se fosse uma empresa seria a 4ª economia do Brasil".

Segundo ele, "a prioridade atual é o mapeamento das facções e de suas lideranças e o combate ao crime organizado, para tirar Santa Catarina do mapa de preferência das facções". Por questões estratégicas não detalhou as ações planejadas mas se colocou à disposição do parlamento para qualquer esclarecimento "em off" sobre o assunto.

Já sobre o número de mortes em operações de combate ao tráfico e à criminalidade, Alceu de Oliveira informou que houve uma redução de 30% em relação ao mesmo período, em 2017, resultado de ações pontuais que visam diminuir ainda mais essa estatística "porque quando acontece uma morte numa operação policial, é um fracasso -  uma operação de sucesso ocorre quando não há morte, nem de policial, nem de bandido", ressalta o secretário, dizendo que  "a morte, quando acontece, não deve ser uma tarefa dos homens, uma morte é uma tragédia suficiente".

O secretário informou ainda que a secretaria de Segurança está buscando junto às prefeituras a parceria no desenvolvimento de políticas públicas nas comunidades conflagradas sob o domínio do crime, levando ações que possam beneficiar as pessoas que residem nessas áreas e que sofrem diretamente as consequências da ação das facções. Questionado se está havendo investimento em tecnologia e capacitação para a investigação, de modo a desarticular a atuação das organizações criminosas, Alceu de Oliveira Pinto Jr disse que até o final do ano teremos de 6 a 8 mil câmeras de segurança instaladas em pontos estratégicos, além de softwares que permitem mapear atos e atitudes suspeitas, alertando sobre possíveis atos criminosos, como roubos de cargas e de veículos. "Existem ações planejadas que, por uma questão estratégica, não serão antecipadas", afirmou.

Dizendo que o conjunto de instituições que compõem a segurança pública em Santa Catarina (Polícias Civil e Militar, IGP, Detran e Corpo de Bombeiros) é excelente, um dos melhores do país" e comparada com outros estados a violência policial aqui é mínima"  informou ainda que o número de policiais não é suficiente "porque em lugar algum do mundo é suficiente" e que a remuneração que recebem "não é adequada e faltam veículos, temos uma frota antiga,  que vem sendo renovada, de forma a servir para o trabalho de investigação e combate ao crime".

O deputado Fernando Coruja e os parlamentares presentes agradeceram o pronto atendimento do secretário ao convite feito pela Comissão de Direitos Humanos e como resposta foram informados de que sempre poderão contar com a participação imediata do secretário nas questões levadas à secretaria de Segurança, através do parlamento. Presentes na reunião representantes de entidades ligadas aos Direitos Humanos e entidades policiais, que também levaram seus questionamentos ao conhecimento do secretário Alceu de Oliveira. Ao final da reunião, Coruja lembrou que "a questão da segurança em Santa Catarina é um ponto importante no país que acaba de criar o Ministério da Segurança e temos que lembrar que o Rio de Janeiro, que enfrenta problemas nessa área, está sob intervenção militar."

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