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Reforma política é indispensável para acabar com a corrupção, defende Dresch
Na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (19), o deputado Dirceu Dresch (PT) voltou a defender a convocação de uma Assembleia Constituinte para debater a reforma política, considerada por ele ferramenta necessária e urgente para o combate à corrupção - uma das bandeiras das mobilizações que estão acontecendo em todo país. Para Dresch, o sistema político atual acaba sendo o cerne de boa parte dos problemas apontados pela população que foi às ruas, como a mobilidade urbana e precariedades na saúde e na educação. “Não vamos acabar com a corrupção sem fazermos a reforma política, com o fortalecimento dos partidos e da democracia”, disse.
Ponto central desta reforma, acrescenta Dresch, é acabar com o financiamento privado das campanhas eleitorais. “Hoje, o setor privado, em sua maioria, manda no país porque financia os candidatos. Também precisamos avançar na regulamentação da mídia, que não é controle, mas definir regras para que políticos não sejam donos dos meios de comunicação”, enfatizou o parlamentar.
Ainda entre as medidas indispensáveis para promover a justiça social, Dresch defendeu a taxação das grandes fortunas e uma melhor distribuição de renda, além de condenar as privatizações do patrimônio público. De acordo com o deputado, hoje o país desfruta do pleno emprego, desvencilhou-se do FMI (Fundo Monetário Internacional) e aposta em políticas e investimentos estratégicos para o desenvolvimento, como os projetos de melhoria e expansão das ferrovias e da malha rodoviária. “O país deu passos importantes, mexemos nas taxas bancárias e na tarifa da energia elétrica, mas ainda temos gargalos que precisam ser sanados com programas de governo e políticas públicas”, completou.
Contrário a atos de violência e depredação de bens públicos, como ocorreu em alguns dos protestos, o deputado defendeu a iniciativa da população de ir às ruas para expressar insatisfação com os governantes. “Este movimento é legítimo e importante, principalmente para a juventude que não viveu os tempos da ditadura, tempos de inflação de quase 100% ao mês, de taxas de desemprego acima de 20%. Esta juventude vive um outro momento, mas também quer construir a sua história e contribuir com a democracia. Aliás, se não fosse pela democracia não haveria esta mobilização social que estamos vendo”, destacou Dresch.
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