Para ampliar a oferta do Gás Natural SC poderá importar Gás Natural Liquefeito
Frente Parlamentar do Gás Natural intermédia processo para disponibilizar GNL
Santa Catarina poderá ser um dos primeiros estados a trazer Gás Natural Lequefeito (GNL), ampliando de forma facilitada a rede de gás natural para atender à indústria, comércio, postos de combustível e consumidores residenciais de todas as regiões de Santa Catarina. As tratativas para garantir a importação do GNL acontecem junto ao presidente da Frente Parlamentar do Gás Natural no estado, deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB), que nesta quarta-feira (12) esteve reunido com o grupo norueguês Sobrax, interessado em investir no processo de implantação.
O GNL é produzido por meio de um processo criogênico, na qual o gás natural é resfriado a uma temperatura de -162°C, e seu volume reduzido em aproximadamente 600 vezes, o que facilita a logística de transporte. "Precisamos ser parceiros de alternativas que garantam a oferta do gás natural que nossos consumidores precisam. Hoje a indústria, por exemplo, precisa de maior volume de gás natural para ampliar sua produção. Vamos buscar o respaldo do governo e inserir todos os segmentos envolvidos no processo para garantir a implantação desta alternativa de combustível", disse Vampiro.
"A parte principal de nosso modelo de negócio é permitir que o GNL seja entregue para todas as indústrias. O projeto permitirá que qualquer indústria em Santa Catarina tenha acesso às fontes de suprimento de fora do país. Nosso negócio vai conectar a indústria do petróleo e produtora de gás natural às indústrias de Santa Catarina, independentemente do haver ou não uma conexão com gasoduto. Isso dá flexibilidade à indústria", destaca Oddvar Skjaeveland, CEO Sobrax.
O transporte do GNL é feito por carretas que mantêm o gás natural no estado líquido, desde a planta de liquefação de gás até as estações de regaseificação instaladas nos usuários finais, onde o gás volta ao estado gasoso nas condições ideais de utilização. O modal é ideal para maiores distâncias ou grandes volumes adquiridos pelos usuários finais de gás, podendo ser utilizado também por consumidores menores.
O GNL viria para Santa Catarina por navio, onde uma unidade flutuante faria a distribuição para o resto do Estado. Essa alternativa de gás não tem monopólio no Brasil, o que facilita seu acesso. O grupo Sobrax já trabalha junto ao Porto de Imbituba o projeto da unidade flutuante.
Também presentes à reunião o presidente da Associação dos Produtores de Energia do Estado de SC, Gerson Berti, o ex-presidente da SC Gás, Cosme Polese, Rodrigo Comin e demais representantes da Sobrax.
Assessoria de Imprensa deputado Luiz Fernando Vampiro