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Dresch destaca ação que garantiu R$ 60 milhões para SC aplicar no combate aos efeitos da estiagem
Esta semana, durante o 11º Congresso Catarinense de Municípios, promovido pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam), a Secretaria de Estado da Agricultura comunicou os prefeitos e vereadores sobre o pacote envolvendo projetos e programas para o setor agrícola que somam R$ 540 milhões. Dresch destacou que grande parte dos recursos virá do governo federal, por meio do Pronaf, e que R$ 60 milhões previstos pela secretaria para o combate a estiagem foram uma conquista do Legislativo catarinense.
“Em maio do ano passado discutimos a autorização de empréstimo de R$ 611 milhões que o governo do Estado iria contrair junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Durante a tramitação, negociamos exaustivamente com a base do governo e conseguimos aprovar emenda garantindo que parte desses recursos, R$ 60 milhões, fossem gastos em ações estruturantes de prevenção aos efeitos da estiagem que afetou várias regiões do estado, principalmente o Oeste”, explicou Dresch. Ele lembra que foram realizadas três audiências públicas nos municípios de Xanxerê, Videira e Maravilha para discutir como o governo devia aplicar o recurso.
Com os R$ 60 milhões garantidos pela emenda legislativa, a Secretaria de Agricultura vai implantar o Programa Caminhos do Desenvolvimento – Água da Chuva, que prevê a construção de 2 mil cisternas com capacidade média de 500 mil litros cada, a construção de 200 poços artesianos e a aquisição de 162 distribuidores de adubo líquido.
Para Dresch, ações voltadas ao armazenamento da água são vitais para diminuir as perdas dos agricultores devido aos efeitos do clima. “O agricultor familiar tem convivido, ano sim, ano não, com períodos longos de estiagem. Armazenar água da chuva é fundamental para reduzir os prejuízos causados pelo clima seco”.
O deputado também frisou que grande parte dos programas do governo catarinense para a agricultura são operados com recursos do governo federal, por meio do Pronaf, e cobrou maior subsídio do Estado ao agricultor que acessar crédito para construir cisternas. Hoje, pelo programa Juro Zero, o governo estadual banca apenas o juro, que varia de 1% a 2% ao mês. É muito pouco, na opinião de Dresch. “Gostaríamos de ver o governo subsidiar 50% do custo da estrutura. Isso sim estimularia os produtores.”
