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Comunidades cobram pavimentação da SC 440 e contrapartida por danos ambientais
A Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado João Amin (PP), realizou na noite de ontem uma audiência pública para tratar da pavimentação da SC-440, que liga os municípios de Urussanga e Lauro Muller, via Rio Carvão e Santana, e que é uma demanda antiga da região. Outro assunto em destaque no encontro foi o passivo ambiental ocasionado pela extração de carvão. Na ocasião ficou definida que o documento elaborado pela Comissão será encaminhado ao Executivo para uma cobrança efetiva do início das obras.
A centenária Rodovia dos Mineiros, inicia no bairro Rio Carvão, passando por Santana, em Urussanga, encerrando seu percurso no bairro Itanema, em Lauro Muller, sendo reconhecidamente o menor percurso entre o Planalto Serrano e o litoral catarinense. Nas décadas passadas esta rodovia escoou toda a produção proveniente da mineração de carvão, contribuindo de forma significativa com o desenvolvimento de Santa Catarina tendo em vista a média de 80 mil toneladas/mês, uma arrecadação de R$ 26 milhões/mês.
Para o prefeito de Urussanga, Gustavo Cancelier (PP), o ciclo de desenvolvimento da região se iniciou na década de 40, mas nunca terminou. "Tivemos uma grande queda na extração de carvão e as pessoas ficaram sem alternativa de sustento. Queremos uma oportunidade para gerar emprego e renda para estas pessoas", afirmou.
Além da dificuldade de acessibilidade ocasionado pela não pavimentação da SC 440, outro problema apontado foi a degradação ambiental. Segundo Chiquinho Casagrande, presidente da Associação dos Moradores de Rio Carvão, "existe um passivo ambiental enorme na região e nunca tivemos uma contrapartida do estado visando diminuir esse impacto, mesmo tendo havido uma arrecadação expressiva por conta da extração do carvão".
Estadualizada, a SC 440 não é pavimentada, sendo considerado pelo Executivo estadual uma rodovia planejada. O trecho total entre Urussanga e Lauro Muller corresponde a 21 km, entretanto o projeto existente não contempla toda obra. Informações repassadas pelo representante da Secretaria de Estado da Infraestrutura dão conta de que um trecho de apenas 2 Km foi autorizado.
O deputado João Amin destacou que o Parlamento catarinense acabou de aprovar o Fundam, um empréstimo que vai colocar R$ 1,5 bilhão nos cofres do governo. "A população precisa cobrar a execução total desta obra e os deputados precisam ser parceiros nesta busca. Um trecho de apenas 2 km não vai trazer as mudanças aguardadas. É preciso que se faça justiça com as comunidades que muito contribuíram com a economia de Santa Catarina e que agora necessitam de uma contrapartida para se reerguer".
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