Simpósio sobre doenças metabólicas oferece aconselhamento profissional
O segundo Simpósio de Doenças Metabólicas, que acontece no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, entre quinta e sexta-feira (22 e 23), tem como foco, em seu último dia de atividades, a realização de uma mesa temática reunindo especialistas de diversas áreas médicas e profissionais da educação especial.
A disponibilização do espaço, afirmou Janice Krasniak, assessora parlamentar da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, responsável pela realização do evento, tem por objetivo permitir que educadores das Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), possam tirar suas dúvidas sobre como identificar casos de doenças metabólicas entre seus alunos e quais as formas de tratamento mais adequadas. “Esta interação funciona como um espaço para troca de conhecimentos visando a elaboração de diagnósticos mais precisos.”
Entre os especialistas participantes estão profissionais das áreas de oftalmologia, nutrição, otorrinolaringologia, fonoaudiologia, ortopedia, cardiologia e psicologia. “Ter uma equipe multidisciplinar como esta é muito importante para que se possa ter orientações sobre a conduta mais adequada às crianças e adolescentes, principalmente as que apresentam algum tipo de deficiência”, destacou o coordenador da mesa, o médico pediatra Fernando Romaris.
Este aconselhamento profissional, acrescentou o cardiologista pediátrico Tito Lívio Baião, pode fazer a diferença, sobretudo, para as pessoas com mucopolissacaridose, doença genética caracterizada por alterações no metabolismo e que pode afetar diversos órgãos do corpo. “A mucopolissacaridose leva ao comprometimento da musculatura do coração, podendo levar o paciente à morte. Há dez anos não havia um tratamento que oferecesse resultados muito promissores nestas situações, diferentemente de agora, em que há a reposição enzimática.”
Oportunidade de aprender
Psicóloga de uma unidade da Apae em Cunha Porâ, município da região Oeste do estado, Andréia Bolfe aprovou a atividade de aconselhamento. “Na minha cidade, Não temos nem mesmo um médico pediatra. Ter acesso a tantos especialistas vai agregar muito conhecimento para nós, contribuindo para que possamos fazer os encaminhamentos dos alunos que eventualmente sofram de doenças metabólicas.”
O Simpósio de Doenças Metabólicas é promovido pela Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o apoio do grupo Apachi de voluntários do ambulatório de pacientes crônicos do Hospital Infantil Joana de Gusmão, da Sociedade Catarinense de Pediatria e da Federação das Apaes de Santa Catarina.
Agência AL