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13/03/2012 - 18h45min

Simpósio sobre Aids debate prevenção e tratamento

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2º Simpósio Internacional da Síndrome Imunodeficiência Adquirida - AIDS - UFSC
O tema “As novas abordagens de prevenção e tratamento” pautou a mesa redonda na manhã desta terça-feira (13), no segundo dia de atividades do Simpósio Nacional sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O debate foi realizado no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O encontro reuniu especialistas como Gustavo de Araújo Pinto, médico infectologista do Hospital Regional de São José (SC); Moysés Toniolo, representante da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+BA); Fernando Seffner, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Amilcar Tanuri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De acordo com dados de 2008 da Unaids (Joint United Nations Programme on HIV/AIDS), 2,7 milhões de pessoas no mundo são infectadas pelo vírus HIV por ano. Este número representa uma média de 7.400 novas infecções a cada dia em adultos e crianças. Neste contexto, Pinto ressaltou que o diagnóstico precoce é uma prioridade nacional do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. “As pessoas que fazem diagnóstico em um momento não muito avançado e que seguem o tratamento adequado certamente têm uma expectativa de vida comparável à da população geral. Com os recursos terapêuticos e laboratoriais que temos atualmente, podemos garantir a estes pacientes uma vida saudável e longa”, afirmou. O médico explicou ainda como o uso das medicações de tratamento pode evitar a transmissão do HIV para outras pessoas. “O impacto do tratamento de antirretroviral adequado não é só para as pessoas que vivem com Aids, em termos de proporcionar a elas uma vida saudável, mas também há um impacto coletivo. Os soropositivos que mantêm tratamento regular diminuem a chance de transmissão do vírus para outros indivíduos”, salientou. Os dispositivos internacionais que auxiliam na defesa dos direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids no âmbito do trabalho foram abordados por Toniolo em seu pronunciamento. Segundo o palestrante, o mais recente é a Recomendação nº 200 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que traça orientações referentes à prevenção, assistência, tratamento e apoio aos trabalhadores soropositivos. “Ainda há muita discriminação no ambiente de trabalho. Queremos que as pessoas que vivem com HIV estejam integradas, incluídas, com saúde, sem sofrer por conta de estigmas”, disse. Já Seffner destacou que um dos oito “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) é combater a Aids. Ele comenta que o Brasil deve cumprir diversas obrigações a partir de um plano de enfrentamento mundial da epidemia. “Com relação à prevenção, os principais compromissos têm a ver com o acesso universal aos insumos de preventivos (camisinhas masculina e feminina), a eliminação da transmissão vertical (da mãe para o bebê), além do enfrentamento de uma série de fatores ligados às culturas juvenis, como proporcionar a discussão do tema na rede escolar”. De acordo com o representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Aids é uma epidemia que, desde o seu surgimento, tem impactado fortemente as representações sobre modos e meios de vida sexual no Brasil. “O debate da epidemia se modificou, mas apresenta novos cenários. Após esses 30 anos, continuamos tendo um horizonte extremamente polêmico no que se refere à prevenção da Aids. Um exemplo é que o uso da camisinha ainda não é plenamente aceito por todas as religiões”, expôs. A contribuição da pesquisa e da inovação tecnológica no enfrentamento da epidemia foi o tema apresentado por Tanuri. Ele também falou sobre o esforço do Ministério da Saúde para implementar essas novidades na rede de tratamento dos pacientes. “Houve um avanço significativo. Todas as inovações que aconteceram no hemisfério Norte foram transferidas para o programa brasileiro numa velocidade enorme. Isto é um aspecto muito positivo, e contou com a ajuda não só do programa nacional, mas também da pesquisa brasileira”, enfatizou. Na opinião de Tanuri, o Brasil tem uma posição de destaque no que se refere ao tratamento da Aids em relação aos países com o mesmo grau de desenvolvimento. “Temos todos os medicamentos antiaids, menos um, que deve ser incorporado este ano, e temos uma rede de laboratórios que dá suporte a esse tratamento. Acho que o Brasil é um modelo”, declarou. (Ludmilla Gadotti)
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