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12/03/2012 - 18h30min

Simpósio debate os desafios no controle da epidemia

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2º Simpósio Internacional da Síndrome Imunodeficiência Adquirida - AIDS - UFSC
Os desafios para o controle da Aids com foco no papel dos legislativos, universidades e movimentos sociais foi o tema de abertura do 2º Simpósio Nacional sobre o tema. O evento, que tem o apoio da Assembleia Legislativa, se estende até amanhã no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em sua fala, o deputado federal Chico D’Ângelo (PT/RJ) discorreu sobre a atuação da Câmara Federal frente ao problema, principalmente por meio da Frente Parlamentar de DST/Aids, relançada em 2007 e que atualmente preside. Segundo D’Ângelo, a Frente tem procurado atuar de forma diferenciada do que era feito anteriormente, fomentando debates, propostas e intermediando reivindicações dos movimentos sociais junto ao Ministério da Saúde e às secretarias estaduais e municipais “A Frente não tem o poder de resolver problemas, mas buscamos soluções por meio da intermediação. Uma de nossas iniciativas recentes foi colocar na pauta de votação do Senado um projeto que criminaliza a discriminação a soropositivos”, disse. Outro objetivo a ser alcançado, anunciou o parlamentar, é a criação de frentes estaduais dedicadas ao tema. “Sempre defendi a necessidade de capilarizar esta ferramenta de trabalho, para que o debate se regionalize. O país vive um bom momento, em que é referência e vanguarda no combate à síndrome, mas precisamos dar um salto de qualidade pois os problemas e as demandas estão sempre mudando”, disse. Prosseguindo o debate, o professor doutor Lúcio Botelho ressaltou que grande parte das iniciativas ligadas ao combate da Aids ainda dependem do trabalho desenvolvido nas universidades públicas, como a criação de substratos para novas vacinas ou a quebra das patentes de medicamentos antirretrovirais. Botelho, que atuou como reitor da UFSC de 2004 a 2008, destacou que apesar do sucesso alcançado, os investimentos brasileiros direcionados ao setor ainda são baixos se comparados aos países desenvolvidos. “Não devemos nada às grandes potências, mas se tivéssemos mais recursos certamente nossos estudos estariam mais avançados”, disse. Botelho defende que as instituições de ensino superior públicas repensem a forma como são direcionadas as pesquisas no país. “As universidades estão passando por uma crise de identidade séria. Temos que despertar nos pesquisadores a importância da busca por resultados concretos e não só a publicação de artigos científicos”. Outro problema levantado pelo professor diz respeito à excessiva competição por recursos públicos existente entre grupos de pesquisa de uma mesma instituição. “Integrar a universidade talvez seja nosso grande desafio no momento”, disse. Enfocando o papel desempenhado pelos movimentos sociais, a coordenadora do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids em Santa Catarina (Gapa-SC), Helena Pires, ressaltou que não haverá avanços enquanto a epidemia for considerada um problema restrito aos grandes centros urbanos. Ela disse ainda que em Santa Catarina a epidemia possui características distintas do restante do país, atingindo sobretudo a camada jovem da população e cobrou mais apoio para as organizações não governamentais. “As organizações não governamentais estão fragilizadas no estado. Falta interlocução e apoio da classe política e do Conselho Estadual de Saúde, que hoje parecem estar adormecidos”, disse. O seminário prossegue na parte da tarde com foco no trabalho realizado pelos governos no enfrentamento da epidemia. Participam como debatedores o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Dirceu Greco, o diretor de Vigilância Epidemiológica do estado, Luis Antonio Silva, e a médica sanitarista e ex-Diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica e ex-secretária de Saúde de Itajaí, Rosalie Kupka Knoll. (Alexandre Back)
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