Saiba mais sobre a história da Fundeste e da Unochapecó
Criada oficialmente em 4 de julho de 1970, como instituição pública de direito privado e com gestão comunitária, a Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste) é fruto de um movimento popular organizado com o objetivo de criar uma unidade de ensino superior na região Oeste do estado. A instalação solene da fundação ocorreu em 1972, ano em que também teve início o primeiro curso superior implantado em Chapecó, em Pedagogia.
Em 2002 a fundação assumiu integralmente as atividades do Campus Chapecó da Universidade do Oeste (Unoeste), que deu origem à Unochapecó. Atualmente, a Fundeste é responsável também pela manutenção do Instituto Goio-En e da Farmácia-Escola Unochapecó.
De acordo com seu presidente, Vicenzo Francesco Mastrogiacomo, as fundações educacionais deram um grande impulso para a implantação do ensino superior em grande parte dos municípios catarinenses. "Antigamente as pessoas precisavam se deslocar até Florianópolis, Porto Alegre ou Curitiba para fazer um curso superior. Hoje a fundação atua não só no ensino, mas também em pesquisa e extensão, favorecendo o crescimento dos municípios de nossa região".
Instituição bem avaliada
Principal expoente da Fundeste, a Unochapecó é atualmente uma das instituições de ensino superior com melhor avaliação no estado, segundo o Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação. Com campus em Chapecó e extensões em Xaxim e São Lourenço do Oeste, a instituição possui 54 cursos de graduação, 35 de especialização, (pós-graduação latu sensu) dois cursos de mestrado e um de doutorado (em convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul), nos quais 540 professores lecionam para mais de oito mil alunos.
Com mais de 20 mil profissionais formados em seus 10 anos de existência, a Uncochapecó, segundo o reitor Odilon Luiz Poli, cresceu por saber se reinventar, adaptando-se à conjuntura de cada momento. Poli enalteceu ainda o modelo comunitário da instituição, surgido, segundo disse, do espírito de união e colaboração da sociedade chapecoense. "A Unochapecó não foi fruto do decreto de uma pessoa, mas da união das forças locais, de lideranças que souberam perceber os anseios da sociedade e dos jovens, e agir".
Ele lamentou a falta de reconhecimento por parte do governo federal sobre o modelo comunitário, o que poderia garantir o repasse de verbas para essas instituições. "Países como Alemanha, Itália e Portugal estão aproximando suas universidades da comunidade, em um modelo semelhante ao nosso, de cooperação e autoiniciativa. Falta, contudo, reconhecimento a este modelo no próprio Brasil". (Alexandre Back)