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13/03/2012 - 18h30min

Movimento dos Atingidos por Barragens ocupa a tribuna

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Plenário Osni Régis - Sessão Ordinária
Durante a sessão plenária, desta terça-feira (13), foi aberto espaço na tribuna a dois militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A manifestação faz parte da jornada nacional de lutas do MAB, que acontece em diversas capitais, de 13 a 15 de março. As ações inserem-se no contexto do Dia internacional de Luta contra as Barragens, pelos rios, pela água e pela vida, celebrado mundialmente no dia 14 de março. Indianara Reis, de Campos Novos, pronunciou-se em favor da renovação das concessões do setor elétrico brasileiro e citou a Eletrosul como uma das estatais que deve permanecer. A militante criticou a construção da UHE Garibaldi, localizada no rio Canoas, entre os municípios de Cerro Negro e Abdon Batista, no Meio Oeste do estado. “Pedimos atenção especial da Casa pelas pessoas que estão à mercê desta usina. As empresas de construção de barragens, além de explorar os trabalhadores, acabam com os recursos naturais. Precisamos garantir os direitos ao reassentamento, ao respeito pelos moradores destas regiões”, solicitou. Os atingidos por barragens querem pressionar o governo federal por mudanças no atual modelo energético e cobrar mais atenção às famílias desalojadas pelos lagos. “O Estado brasileiro planeja e coordena toda política energética e financia até 80% das obras com dinheiro público do BNDES. No entanto, não há política de Estado para os atingidos pelas barragens. É uma contradição num país com tantas usinas hidrelétricas como o Brasil”, declarou Rudnei Cenci. Entre as principais reivindicações do MAB estão a criação de uma política nacional que estabeleça diretrizes e critérios no tratamento dos direitos desta população e um fundo de auxílio cujos recursos seriam usados para reparar as perdas e prejuízos das pessoas afetadas pela construção de barragens, garantindo reassentamento adequado, assistência técnica, créditos e verba de manutenção. Durante a jornada, o MAB também critica a construção da barragem de Belo Monte e demais barragens na Amazônia. Em Santa Catarina, a oposição se faz em relação às barragens de Itapiranga – último trecho do rio Uruguai ainda com vida, Garibaldi e Foz do Chapecó. Reivindicam, também, que o governo federal se posicione a favor das renovações das concessões do setor elétrico, que vencem a partir de 2015. De acordo com o Movimento, a renovação das concessões é um caminho que evitará a privatização ainda maior das usinas, linhas de transmissão e distribuidoras de energia elétrica. A jornada de luta do MAB quer agregar, ainda, trabalhadores do setor elétrico e da população em geral, que, segundo os manifestantes, paga injustamente pelo alto preço da energia. Outras mobilizações da jornada nacional de lutas do MAB estão sendo realizadas em várias cidades do país, entre elas, Altamira e Belém, no Pará, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Velho (RO). (Michelle Dias)
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