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23/03/2012 - 07h00min

Morongo agora é cidadão catarinense

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Sessão Solene de entrega de Título de Cidadão Catarinense ao Senhor Marco Aurélio Raimundo
O fundador e proprietário da Mormaii, o médico pediatra Marco Aurélio Raymundo (Morongo), gaúcho de Porto Alegre, agora é cidadão catarinense. A honraria foi concedida na noite desta quinta-feira (22), no Plenário Osni Régis da Assembleia Legislativa. A iniciativa foi do deputado Jailson Lima (PT), 1º secretário da Casa. Emocionado, Morongo agradeceu a gentileza dos catarinenses, de recebe-lo como irmão. Para um plenário lotado, afirmou viver “um momento especial, quase um rito de passagem. Sou um cataúcho, uma mistura de catarina com gaúcho”. Para o empresário, o título de cidadão catarinense “corresponde ao trabalho de muitas pessoas, dos meus pais, professores e educadores, dos fiéis colaboradores e dos meus amores. Ninguém constrói nada sozinho”, argumentou. Jailson contou que ainda era estudante de medicina quando conheceu Marco Aurélio. Para o parlamentar, Morongo foi o primeiro médico de família da região e o primeiro empregador de pessoas leprosas. “Numa época em que até os funcionários dos hospitais tinham medo de se aproximar dos leprosos, você os levou para trabalhar na garagem da sua casa. Você tem rasgado não só ondas, mas também preconceitos”, afirmou Jailson. O deputado Edison Andrino (PMDB) saudou o agora catarinense e disse que foi um dos primeiros a vestir as roupas de borracha costuradas por Morongo. Andrino contou que praticou a caça submarina por muito anos e nessa época frequentou os costões e parcéis de Garopaba para matar garoupas. “Um dia me disseram que tinha um médico que além de costurar pessoas, costurava roupas de mergulho. Assim tive oportunidade de comprar uma das primeiras peças da Mormaii”. O deputado nascido e criado na Lagoa da Conceição contou que certa vez roubaram-lhe a roupa. Tempos depois, um funcionário da Câmara Municipal da capital informou-o de que um sobrinho estava vendendo um macacão de mergulho. Andrino foi conferir e não deu outra, era a sua roupa que desparecera. Voltou para casa com o macacão “fininho, escamado e com o puxador do fecho arrebentado”. Para Andrino, Marco Aurélio é um empresário diferente dos outros. “Deus me livre se não fosse a Mormaii em Garopaba, ela deu o pontapé inicial ao desenvolvimento da cidade”, reconheceu o parlamentar. Morongo também foi homenageado pelo presidente da Casa, deputado Gelson Merisio (PSD), que presenteou-o com uma réplica da Ponte Hercílio Luz. Morongo retribuiu as homenagens e, em companhia do filho Flavius Raymundo, executou no piano e cantou “uma musiquinha que é uma homenagem a um pedacinho de Garopaba, o Siriú, de autoria do João da Benga”, popular frequentador das praias da cidade. Participaram da sessão solene amigos do empresário, funcionários, familiares, surfistas, autoridades militares, além de vereadores de Garopaba e políticos de Florianópolis. A história de Morongo no estado Morongo está radicado em Santa Catarina há mais de quatro décadas. Aficionado pelo surfe, buscou em Garopaba um lugar em que pudesse conciliar o esporte e o trabalho médico. Como no inverno as águas do Atlântico Sul são gélidas e dificultam a prática do surfe, Morongo resolveu costurar seu próprio macacão de borracha para minimizar o frio. A peça fez sucesso entre os surfistas, que estimularam sua produção em série. Em 1975 Morongo fundou a Mormaii, cujo nome deriva de uma composição das três primeiras letras do apelido do pediatra, a primeira sílaba do nome da ex-mulher, Maíra, mais os “is” de Havaii, a Meca do surfe mundial. Os primeiros funcionários da empresa foram pacientes do doutor Marco Aurélio, diagnosticados com hanseníase. A Mormaii cresceu junto com Garopaba, já que o empresário fez questão de empregar e treinar os moradores da pequena vila de pescadores. E foi a partir das praias da Ferrugem, Silveira e do Rosa, frequentadas por surfistas de todo país, que as roupas de borracha fabricadas pela empresa ganharam adeptos e se transformaram no uniforme básico dos surfistas brasileiros e hoje, junto com quase uma centena de produtos, são exportados para os EUA, Europa e América Latina. (Vitor Santos)
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