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25/10/2019 - 12h16min

Mais de 500 profissionais do Oeste participam de evento sobre síndrome de Down

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Seminário sobre síndrome de Down aborda inclusão
FOTO: Solon Soares/Agência AL

A última etapa do Seminário Regional sobre Síndrome de Down, que em 2019 trata da inclusão, reúne 550 pessoas em Chapecó nesta sexta-feira (25). Realizado no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes, o evento tem uma ampla programação até o final da tarde, com palestras e capacitação para os profissionais que atendem as pessoas com deficiência no Oeste do estado.

Promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o seminário consolida-se com uma ferramenta de qualificação, aprendizado e troca de experiências entre profissionais dos setores de educação (incluindo professores, orientadores educacionais e pedagogos) e da saúde (com psicólogos e enfermeiros). A programação trata de aspectos clínicos e diagnóstico da síndrome de Down e do autismo, bem como os principais desafios enfrentados pelo professor regente e mediador e técnicas de terapia e reabilitação.

Isso foi confirmado pela professora Elci Schoroeder Lucachinski, que faz o atendimento educacional especializado na Escola Básica Municipal Paulo Freire, em Chapecó. Ela atende diariamente 24 adultos com síndrome de down e suas famílias e ainda orienta outros professores que trabalham com este público. “É um momento muito importante para nós e muito esperado. É a hora de compartilhar e adquirir novos conhecimentos, de ouvir outros profissionais que trazem mais conhecimento para que possamos ampliar nossas práticas educativas”, explicou. De acordo com ela, isso é fundamental para ir sempre ao encontro da inclusão que é o objetivo maior de quem atua no setor. “E os nossos alunos, com certeza, estarão, por meio da nossa prática, muito mais subsidiados por uma formação mais qualificada. E isso vale também para os pais deles, porque muitas vezes os pais necessitam de orientação”, argumentou.

Uma das palestrantes do dia, Tatiana Takeda tratou das questões de direito e deveres, direito a não discriminação e também sobre o direito à inclusão escolar. “Quando se fala sobre pessoa com deficiência, dificilmente a gente consegue se desvencilhar de questões relacionadas a preconceitos e discriminação e bullying. São assuntos que não são agradáveis, mas que a gente tem que levar ao conhecimento tanto das pessoas que passam por isso, quanto às que fazem isso e da sociedade em geral”, comentou.

Na avaliação dela, a discriminação está arraigada na sociedade e cita uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) que foi feita nas escolas. “Constatou-se que quase 100% dos atores escolares, entre estudantes, gestores e servidores, têm sim preconceito em relação à pessoa com deficiência.  É isso que a gente busca combater. Leis existem, mas precisamos efetivá-las. E para isso precisamos promover uma sensibilização do poder público, da sociedade e, principalmente, de quem é responsável por estas pessoas e delas mesmas”, afirmou. Este é exatamente um dos objetivos dos seminários, além de divulgar novas informações e oportunizar o debate sobre a atualização de políticas públicas de inclusão social e escolar das pessoas com síndrome de Down.

Proponente dos seminários, o deputado José Milton Scheffer (PP) defende que os eventos são uma construção coletiva da Alesc e de todas as entidades diretamente envolvidas com o assunto. “Estamos interagindo com todas as regiões, desde a construção dos temas até a mobilização das pessoas. Temos que comemorar esse projeto que tem dado muito certo e a grande vantagem é trazer a informação e o debate na região onde as pessoas estão”, assegurou.

O parlamentar informou que existe a pretensão de levar ao governo do Estado um projeto chamado Emprego Apoiado, para atingir a inclusão plena destas pessoas. Por sinal, desde 2012, quando os seminários começaram a ser realizados, já surgiram três leis específicas. Uma delas obriga a realização de um exame que identifica se a criança tem a síndrome de Down. Outra criou o Programa Estadual de Síndrome de Down e a terceira determina que os hospitais façam o registro de nascimento das crianças que têm a síndrome e informem uma associação especializada e a secretaria de Saúde para dar o primeiro atendimento aos pais, com estímulo e orientações gerais. “É nestes seminários, ouvindo pais, professores e pessoas com Down, que temos tirados estas ideias para os projetos”, contou o parlamentar.

O deputado Altair Silva (PP) destacou a relevância do Parlamento catarinense promover  o seminário em mais regiões de Santa Catarina. Antes de Chapecó, Araranguá (no Sul do Estado, com 400 participantes) e Campos Novos (no Meio Oeste, com um público de 700 pessoas) também receberam as atividades. “Quando a Assembleia Legislativa promove um evento deste nível, com a presença das lideranças que conduzem o processo  no estado, voltado para que as lideranças da nossa região possam ser capacitadas, estamos garantindo que elas possam adquirir mais conhecimento, para fazer a inclusão social e obter avanços na assistência social”, concluiu.

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