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09/12/2011 - 17h07min

Jornalistas debatem contribuição da mídia no combate à corrupção

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Campanha \"O que você tem a ver com a corrupção\"
O papel da mídia com combate à corrupção foi tema do terceiro painel da mobilização pelo Dia Internacional Contra a Corrupção, realizada hoje, dia 9, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), em Florianópolis. O evento – iniciativa do Ministério Público de Santa Catarina, em parceria com a Assembleia Legislativa – debateu o papel dos mais variados segmentos da sociedade no combate à corrupção. Participaram do painel sobre a mídia os jornalistas Roberto Azevedo (RBS), Carlos Damião (RIC/Record), Karlos Kolback (Gazeta do Povo do Paraná) e James Alberti (RPC), com mediação de Mário Mota (RBS). Os debatedores levantaram diversos aspectos que favorecem a corrupção no meio político. O jornalista Carlos Damião acredita que o próprio modelo político facilita a corrupção, em função das alianças amplas que ocorrem durante as eleições. Já Roberto Azevedo apontou a inexistência, na prática, do modelo de democracia participativa no Brasil. “A mídia tem o papel de diminuir essa distância, de provocar o cidadão de diferentes níveis culturais a participar das decisões do país.” Damião disse que há em Santa Catarina a formação de um movimento chamado de “a nova política”, e que essa reflexão deve ser estimulada pela mídia. “Precisamos debater o que você tem a ver com a política”, propôs. Karlos Kolbach lembrou que “quanto mais livre a imprensa, menor a corrupção”. Para ele, a corrupção sempre existiu, o que existe agora é maior controle social, tanto por parte de instituições como Ministério Público e Tribunal de Contas, quanto da mídia. Ele concorda que falta engajamento político da sociedade e inexiste a compreensão de que o dinheiro desviado é o mesmo que faz falta na saúde e na educação ou que faz aumentar a passagem de ônibus. “As pessoas só brigam pelos interesses individuais.” James Alberti afirmou que a questão da corrupção é um paradigma cultural. “Todos os Poderes promovem o emprego irregular de parentes”, exemplificou. Na opinião dele, a lei da ficha limpa foi importante especialmente nesse aspecto, já que na prática os esquemas políticos são muito difíceis de serem investigados e julgados. “Hoje, em média, o julgamento de um político leva dez anos.” No contraponto, Mário Mota lembrou que o foro privilegiado tem servido de proteção aos políticos, quando em sua origem foi criado para preservá-los em um regime de exceção. Não há como cobrar responsabilidade nem clarividência do cidadão comum porque as estruturas políticas são complexas, de acordo com Alberti. Falando especificamente sobre o Poder Legislativo, disse que a utilização dos mandatos para emprego de cabos eleitorais “coloca em cheque a democracia nas eleições porque põe os candidatos em condições muito desiguais”. Casos de irregularidades revelados pela mídia, tanto do Legislativo paranaense quanto do catarinense, foram objeto de reflexão por parte dos jornalistas presentes. O papel das redes sociais também foi lembrado durante o debate. “Há blogueiros e twiteiros muito sérios, que não possuem vínculos com empresas. Mas é preciso tomar muito cuidado com as informações na internet”, frisou Damião. Fechamento No último painel do dia, o evento debateu O que o esporte e a cultura têm a ver com a corrupção. Para esse painel foram convidados Alberto Bial (técnico de basquete), João Nilson Zunino (Avaí Futebol Clube), Paulo Brito (CBN/Diário), Teco Padaratz, Pedro Félix (Dazaranha) e Chico Lins (Figueirense Futebol Clube). Lisandrea Costa
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