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17/08/2011 - 18h34min

Facisc lança Deputadômetro e parlamentares criticam iniciativa

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Sessão Ordinária - Assembleia Legislativa
A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), através de requerimento do deputado Daniel Tozzo (PSDB), lançou na tarde desta quarta-feira (17), no Plenário Osni Régis, o Deputadômetro, uma ferramenta on line para acompanhar o dia-a-dia dos deputados estaduais, atribuindo-lhes uma nota. De acordo com o regulamento, a Facisc acompanhará a presença dos parlamentares em Plenário, nas comissões, em CPIs e nas audiências públicas; os projetos de lei propostos; as leis aprovadas; a fiscalização do Executivo; a fidelidade partidária e a fidelidade ao mandato. Segundo esses critérios, o deputado Sargento Soares (PDT) ocupa o primeiro lugar do ranking do Deputadômetro. O presidente da Facisc, Alaor Tissot, afirmou que o Deputadômetro é a concretização de uma solicitação de diversas entidades empresarias filiadas à Federação, para acompanhar as atividades dos parlamentares. “Não nos move uma fiscalização pura e simples e é evidente que vamos fazer algumas adequações”, declarou Tissot. Reação A reação dos parlamentares foi quase unânime. A Assembleia Legislativa é o poder mais transparente, que disponibiliza o maior volume de informações na internet, através do portal Transparência. Além disso, o Poder é vigiado diariamente pela população, que tem acesso às atividades do parlamento através da TVAL, do jornal AL Notícias, do site da Assembleia e da imprensa. Para o deputado Elizeu Mattos (PMDB), a Facisc “está jogando para a platéia”. O deputado Manoel Mota (PMDB) observou que se o deputado não trabalha, não é reeleito. Mota sugeriu que a Facisc faça o mesmo com os outros poderes e também com os empresários, para ranquear os sonegadores. “Não podemos admitir que façam ‘wikileaks’ com a Assembleia”. Jailson Lima (PT) afirmou que “os deputados têm que estar preparados para tudo e que a Facisc cumpre seu papel”. Mas também sugeriu a instituição de um “corruptômetro” e de um “sonegômetro”. Darci de Matos (DEM) acompanhou seus colegas, pediu à Facisc que fiscalize os demais poderes e ponderou que “cada parlamentar tem um perfil e que o ranqueamento da Facisc é muito subjetivo”. Joares Ponticelli (PP) também demonstrou preocupação com a escolha dos critérios. O deputado Aldo Schneider (PMDB) garantiu que uma avaliação séria tem de levar em conta os benefícios que os deputados levam para sua base eleitoral. “A sociedade nos conhece”, afirmou. O deputado Sargento Soares (PDT) avaliou que toda pesquisa tem um resultado condicionado pela metodologia escolhida e propôs trocar o primeiro lugar no ranking pela aprovação do projeto de lei de sua autoria que concede anistia aos policiais militares. Para o deputado Maurício Eskudlark (PSDB), “ninguém tem o direito de fazer as vezes de uma corregedoria na Assembleia”. O deputado Jean Kuhlmann (DEM) ponderou que os critérios são injustos. “O Sargento Soares participa de cinco comissões e eu só de duas, é justo?”, perguntou. Mauro de Nadal (PMDB) afirmou que a iniciativa carece de racionalidade uma vez que não leva em consideração a atuação na base. Edison Andrino (PMDB) se mostrou perplexo com a forma de avaliação proposta pela Facisc. “Vão fazer uma avaliação dando nota para os deputados? Isso aqui não é uma escola”. Andrino sugeriu que a Facisc reconsidere o Deputadômetro. Esta também foi a sugestão de Gilmar Knaesel (PSDB). “Desistam dessa idéia, não estão contribuindo com a democracia”. O deputado Romildo Titon (PMDB) criticou o critério que considera o número de projetos apresentados. “Vamos estimular novamente a apresentação de projetos autorizativos que não têm consequências práticas?” questionou. A deputada Luciane Carminatti (PT) observou a injustiça do critério “projetos aprovados”, uma vez que é natural que a oposição, inferior em número no Plenário, tenha mais dificuldade para aprovar projetos. “A oposição vai lá para baixo no ranking”, declarou. Kennedy Nunes (PP) também criticou a iniciativa. “Vou exigir que eles coloquem no meu nome um link para o meu tuíter, quem quiser acompanhar o que faço que me siga”, desafiou. (Vitor Santos)
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