Estado terá mais prazo para pagar três empréstimos do BNDES
Por unanimidade, os deputados aprovaram na sessão ordinária desta terça-feira (14) o Projeto de Lei (PL) 349/2017, de autoria do Poder Executivo, que amplia a carência no pagamento de empréstimos contraídos pelo governo estadual junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta envolve três contratos, no valor total de quase R$ 640 milhões. A medida reduz, nos próximos anos, o desembolso do Estado no pagamento das parcelas das dívidas com o banco.
Conforme o PL 349/2017, o alongamento dos contratos e o aumento no prazo de carência para o pagamento das parcelas das dívidas estão relacionados com o acordo celebrado em 2016 para a renegociação das dívidas dos estados com a União, que estabelece “concessão de carência de quatro anos referentes ao valor do principal, bem como acréscimo de seis anos adicionais, após os quatro anos de carência”. A prorrogação vale apenas para contratos cujos prazos de carência já tenham transcorrido totalmente.
Na exposição de motivos do projeto, a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) explica que a renegociação é importante porque Santa Catarina tem operações de crédito cujos prazos de carência estão se encerrando. Em quatro contratos, conforme a secretaria, a carência acaba já em 2018 e em outros dois, em 2020.
Em um gráfico disponível no PL, a SEF aponta que haverá uma concentração considerável de pagamento de dívidas entre 2017 e 2022, que atingirá um valor máximo de aproximadamente R$ 2,5 bilhões ao ano entre 2020 e 2022. “A renegociação proposta contribuirá para amenizar o esforço do Tesouro do Estado para o pagamento do serviço da dívida”, informa a secretaria.
Contratos
Os contratos a serem renegociados foram aprovados pela Assembleia em 2008, 2009 e 2012. O primeiro, com valor inicial de R$ 76,788 milhões, é referente ao Programa de Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Financeira e Patrimonial da Administração Estadual (PMAE). Já o contrato de 2009 teve valor inicial de R$ 51,192 milhões e foi contraído para a viabilização de despesas de capital.
O contrato de maior valor é referente ao ano de 2012. Com o valor inicial de R$ 512,581 milhões e trata do Programa Caminhos do Desenvolvimento. Conforme a lei aprovada pela Assembleia, os recursos desse empréstimo deveriam ser destinados para revitalização, restauração e pavimentação de rodovias; implantação de redes de fibra ótica; e obras de prevenção a desastres naturais, principalmente de combate às enchentes no Vale do Itajaí.
O projeto tramitava em regime de urgência e não passou por duas comissões permanentes. A exemplo do PL 350/2017, foi chamado para votação em plenário pelo presidente da Alesc, deputado Silvio Dreveck (PP). A matéria segue para sanção do governador Raimundo Colombo (PSD).
Agência AL