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09/12/2010 - 15h37min

Dia Internacional de Combate à Corrupção é tema de seminário

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Alvaro Prata - Ato solene do Dia Internacional contra a Corrupção
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou, nesta quinta-feira (09), evento em celebração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção. A solenidade foi organizada pela Comissão de Ética da universidade, em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Corregedoria Geral da União (CGU) e outras entidades. O encontro ofereceu uma palestra com o promotor público e idealizador do projeto “O que você tem a ver com a corrupção?”, Affonso Ghizzo Neto, e uma mesa-redonda sobre o tema da campanha. Na abertura do evento, o reitor da UFSC, Álvaro Toubes Prata, enfatizou a importância do envolvimento da instituição com esse tema, uma vez que a educação é a base para a conduta ética. “A maioria de nós pensa na corrupção como algo distante, mas precisamos olhar para nós mesmos. O que podemos fazer para combater a corrupção no nosso dia a dia?” Na mesma linha, o professor Paulo Roney Ávila Fagundez lembrou que “apontamos o dedo para os políticos porque eles estão na vitrine, mas a ética é algo do cotidiano”. Para ele, uma sociedade que se pretende democrática precisa refletir sobre o sentido da ética e resgatar valores. O promotor Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas, coordenador do projeto “O que você tem a ver com a corrupção” no âmbito do Ministério Público do Trabalho, considerou a realização do evento na universidade muito pertinente, porque a juventude é um dos focos principais da campanha. “A educação voltada para a cidadania é uma maneira de promover mudanças de comportamento.” O que se pode fazer para combater a corrupção, na prática, foi uma das reflexões estimuladas na palestra do promotor Ghizzo Neto. Ele disse que é difícil abordar o combate à corrupção sem ser hipócrita e que o terreno da ética é o das práticas e dos bons exemplos. Conforme o palestrante, na cultura brasileira, prevalece uma cultura patrimonial (a cultura do “jeitinho”) que é reproduzida por todos, não apenas pelos representantes políticos. E na cultura do “jeitinho”, prevalece o interesse individual sobre o coletivo. “Da pequena para a grande corrupção, as únicas diferenças são a quantidade e a oportunidade. Os atos são os mesmos”, enfatizou Ghizzo Neto. Ele citou a filósofa Hannah Arendt para explicar que “a aceitação do mal menor é a legitimação do mal menor”. A educação, a informação e os bons exemplos são, na opinião do promotor, alguns instrumentos para promover uma nova postura e promover uma mudança cultural. Mesa-redonda A discussão sobre o tema “O que você tem a ver com a corrupção” teve continuidade com uma mesa-redonda, da qual participaram o professor de Filosofia da UFSC, Denilson Luis Werle, o chefe da Controladoria-Regional da União em Santa Catarina, Marcelo Campos da Silva, e a promotora Marina Modesto Rebelo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa do MPE. (Lisandrea Costa)
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