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29/03/2012 - 18h30min

Comitiva catarinense visita projetos do Centro de Energia Solar da Índia

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Comitiva Catarinense na Índia
Utilizar as energias renováveis para fomentar o desenvolvimento sustentável. Este é o desafio do Centro de Energia Solar do Ministério de Energias Renováveis da Índia, que há 20 anos atua na pesquisa e avaliação de novas tecnologias na área. Localizado na cidade de Gurgaon, no estado de Haryana, o centro foi um dos primeiros locais visitados pela comitiva catarinense organizada pela Secretaria de Executiva de Relações Institucionais da Assembleia. Formado por prefeitos, profissionais da educação e pelos deputados Jailson Lima (PT), Dirce Heidersheidt (PMDB) e Mauro de Nadal (PMDB), o grupo conheceu projetos como o que utiliza a energia solar para o funcionamento de aparelhos de ar condicionado. O protótipo desenvolvido usa a energia captada por painéis fotovoltaicos para aquecer e, em seguida, resfriar bruscamente a água utilizada no processo de refrigeração. O sistema foi projetado para ser utilizado em edifícios comerciais, onde o período de maior atividade coincide com o da incidência do sol sobre as placas. Os painéis tem capacidade de armazenamento equivalente a meia hora, o que significa que, mesmo com a ausência do sol, o mecanismo é capaz de alimentar o sistema de ar condicionado por trinta minutos sem interrupção. Metade da estrutura foi financiada pela empresa Thermax, que desenvolve tecnologia de ponta na área. Os outros 50% foram investidos pelo governo indiano através do Centro, que é responsável pelos testes para averiguar a aplicabilidade dos equipamentos. Outro projeto que chamou a atenção da comitiva foi o que utiliza energias renováveis para o resfriamento de câmaras frias. O sistema é mais um dos exemplos da parceria entre governo e iniciativa privada. A estrutura projetada aproveita não só a energia solar, mas também a biomassa produzida a partir de rejeitos agrícolas como casca de arroz e palha de milho para a refrigeração e conservação frutas e verduras. A preocupação não é à toa. Na Índia, pelo menos 30% desses produtos estragam antes de chegar à mesa do consumidor. Quando não está gerando energia para o resfriamento das câmaras, o equipamento pode ser utilizado para alimentar o sistema de irrigação das plantações, que gera mais alimentos e consequentemente mais biomassa. É um ciclo autosustentável que pode abrir novos horizontes para Santa Catarina num futuro não muito distante. “O que nós vimos hoje, referente ao tamanho do investimento para a proporção de energia gerada para uma câmara fria, é pequena frente à produtividade que nós temos nas agroindústrias da nossa região”, destaca o deputado Mauro de Nadal. “Mas vejo que no futuro será uma grande alternativa, até porque como os projetos estão em fase inicial, a tendência é que se diminua o volume desses equipamentos e também o custo para a implantação de toda essa estrutura”, considera. O chefe da comitiva, deputado Jailson Lima, se mostrou impressionado com o potencial dos projetos apresentados ao grupo. O parlamentar sugeriu que os indianos participem de uma licitação no Brasil. “Tendo em vista que vamos ter a primeira usina solar de um mega que estará sendo licitada pela Eletrosul, é importante ter mais empresas do ponto de vista internacional participando”, diz o parlamentar. “O que vemos aqui são pesquisas de mais de vinte anos nesse segmento e o Brasil agora é que está começando a caminhar”, lembra. Ainda durante a visita os deputados convidaram os pesquisadores para participar da próxima edição do Sustentar, o Fórum de Energias Renováveis e Consumo Responsável, promovido pela Assembleia Legislativa. Eles também destacaram o interesse do Estado em estabelecer intercâmbio entre estudantes da Índia e de Santa Catarina. (Jucinei Cardoso)
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