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26/05/2013 - 21h47min

Ciclo de palestra encerra Seminário de Agroecologia em Pinhalzinho

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Palestra encerrou as atividades do seminário em Pinhalzinho. FOTO: Alberto Neves/Agência AL

As convergências e divergências de uma Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica foram tema da palestra do engenheiro agrônomo Natal João Magnanti e do pesquisador João Carlos Gomes, no segundo dia de atividades do IV Seminário Estadual de Agroecologia (SEA), realizado em Pinhalzinho, no Oeste catarinense. O evento, que reuniu produtores, pesquisadores e sociedade civil envolvida na agroecologia, marcou o encerramento do seminário, na tarde desta sexta-feira (24).

Representando o Centro Vianei de Educação Popular, Natal João Magnanti enfatizou a importância de se trabalhar políticas direcionadas para a produção orgânica e a agroecologia. Dentro desse foco, apresentou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO) elaborado a partir da Política de Agroecologia e Produção Orgânica lançada pela presidente Dilma Rousseff em agosto de 2012. Ele destacou os principais avanços que o plano proporcionará para a produção agroecológica.

“O plano abre uma janela para uma política diferente, que proporciona a participação da população dando outro rumo ao setor proporcionando uma relação harmoniosa com os bens e sua distribuição”, comenta.

Segundo Maginanti, esse é um plano que nasceu da necessidade do importante mercado da agricultura agroecológica no Brasil. O programa consegue juntar os elementos que estavam dispersos em diferentes ministérios (Desenvolvimento Agrário; Pecuária, Agricultura e Abastecimento; Saúde; Desenvolvimento Social de Combate à Fome).

“A importância de se ter um plano nacional é exatamente ter ações governamentais em convergência no sentido de promover a agroecologia para um maior numero de estabelecimentos agropecuários do país”, explica.

Para ele, ainda existe a necessidade de melhorar e qualificar as informações, embora  a agroecologia e a produção orgânica têm assumido importância no quadro de uma nova visão de mundo e, em particular, do sistema produtivo primário do país, integrando um expressivo conjunto de questões estratégicas, traduzidas nas diretrizes do plano.

Agroecologia busca consciência socioambiental
Já para o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia do Embrapa, João Carlos Gomes, a agroecologia não é apenas uma forma de produção de alimentos saudáveis, nem um movimento social e nem um estilo de ciência. “No fundo, ela tem a pretensão de ser um instrumento de transformação social que contribua para uma sociedade menos assimétrica mais igualitária, fraterna e amorosa. Mas para isso é necessário o resgate de culturas que estão desaparecendo, em especial o resgate da forma como os agricultores sempre manejaram a agrobiodiversidade em vários rincões do mundo a fora”, ressalta.     

Para ele, a ciência virou um dogma do poder baseado no intelecto usado pra enganar a população e subordinar a mesma às grandes corporações transnacionais formadas por cinco grandes conglomerados que dominam os impérios alimentares no mundo de hoje. “Tanto na questão das sementes, dos agrotóxicos, ou na distribuição de alimentos em grandes cadeias”, frisou.

Diante disso Gomes destaca que a agroecologia propõe um comércio justo e solidário com o fortalecimento das economias locais e a valorização e reconhecimento dos agricultores, na busca de uma vida mais feliz. “Com esses mecanismos estaríamos oferecendo alimentos mais saudáveis, com a redução de alimentos industrializados apontados como nocivos para o ser humano. Nossa intenção é fazer a população querer saber o que tem dentro do prato, e não apenas um prato cheio, gerando assim uma consciência socioambiental”, defende.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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