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07/11/2011 - 17h21min

Audiência pública trata da restauração da ponte Hercílio Luz

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Audiência Pública - Esclarecimento sobre as Obras de Restauração da Ponte Hercílio Luz
O atraso nas obras de restauração da ponte Hercílio Luz foi discutido durante audiência pública realizada na tarde desta segunda-feira (7) pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa. Representantes da sociedade civil, autoridades e engenheiros acompanharam o encontro. Entre os presentes, o ex-governador e atual deputado federal Esperidião Amin (PP) e o ex-tenista Gustavo Kuerten. Na audiência, solicitada pelos deputados Valmir Comin, presidente da comissão, e Silvio Dreveck, ambos do PP, autoridades do governo estadual e representantes das empresas integrantes do Consórcio Florianópolis Monumento, responsável pelas obras na ponte, explicaram as dificuldades técnicas envolvendo o empreendimento, iniciado em fevereiro de 2006. Segundo o secretário estadual de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, as obras na Hercílio Luz são complexas, sujeitas a diversos imprevistos, que tornam difícil estabelecer um cronograma preciso para seu término. “Trata-se de uma obra na qual estamos enfrentando dificuldades no dia a dia, totalmente diferente de qualquer outra existente”, alega. O engenheiro Celso Magalhães Carvalho, da Prosul, confirmou as dificuldades. Em uma das etapas - a perfuração de um dos tubulões que vai sustentar a estrutura provisória da ponte - houve uma demora de três meses, sendo que o prazo inicial era de um mês. Esses imprevistos, além de atrasarem o cronograma, aumentam o custo da obra. O presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, lembrou que o custo inicial da restauração foi estimado em R$ 154 milhões, mas esse valor será maior. “Vão surgir mais aditivos durante a obra e nós já cogitamos a possibilidade do custo bater nos R$ 200 milhões.” Para arcar com esses valores e evitar mais atrasos no cronograma, o Estado corre atrás de recursos federais e na iniciativa privada, por meio da Lei Rouanet. Com os recursos garantidos, as obras devem ser concluídas entre dois e três anos, segundo Meller. Colapso Para Carvalho, a Hercílio Luz, se não for recuperada a tempo, poderá desabar. “Seriam necessários ventos superiores a 100 km/h, por um longo período de tempo, para que isso ocorresse. É algo quase improvável, mas não podemos descartar essa hipótese”. A maior preocupação são as conseqüências de um eventual colapso da ponte, como o lançamento de partes da estrutura a longas distâncias. O engenheiro Khaled Mahmoud, especialista em pontes suspensas, confirmou o risco de colapso. Para ele, mesmo sem ventos tão fortes, a possibilidade de desabamento não está descartada. Mahamoud garantiu que, com a recuperação total, a Hercílio Luz poderá ser novamente utilizada para a passagem de pedestres, veículos e sistemas de transporte de massa, algo que não ocorre desde 1982, quando houve a interdição. O deputado Valmir Comin, que presidiu a audiência, ficou satisfeito com o resultado do encontro. Segundo o parlamentar, as informações colhidas serão encaminhadas ao governo do Estado. “A conclusão das obras é apenas uma questão de vontade política. Vamos solicitar ao governador uma audiência para elaborar um cronograma e acompanhar sistematicamente a restauração. Nosso objetivo é salvar a ponte”, concluiu. Já Silvio Dreveck lembrou que o encontro serviu para esclarecer dúvidas a respeito da restauração da Hercílio Luz. “Fiquei surpreso com o que vi hoje com relação aos custos, aos prazos. Independente disso, precisamos recuperar essa ponte que é um símbolo do nosso Estado”. (Marcelo Espinoza)
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