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16/12/2011 - 14h40min

Audiência pública discute situação de trabalhadores oriundos do BESC no Banco do Brasil

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Elder Viana Costa - Audiência Pública sobre a Situação dos trabalhadores do Besc e Banco do Brasil
A pedido da deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e à Mulher, foi realizada no final da tarde desta quinta-feira (15) uma audiência pública para discutir a situação de parcela significativa de trabalhadores oriundos do BESC incorporados ao Banco do Brasil (BB). Conforme Luciane, 154 funcionários vêm sentindo-se prejudicados em relação ao regime de contratação, plano de cargos e salários, previdência e ainda registram casos de humilhação, por parte de integrantes do BB, durante a incorporação. Por precisar cumprir agenda de urgência, a presidente da comissão deixou a condução da audiência a cargo do deputado Dirceu Dresch (PT). Fizeram parte da mesa a procuradora do Trabalho, Quézia Duarte de Aguiar, o superintendente do BB em Santa Catarina, Reinaldo Yokoyama, o gerente geral de pessoas do BB, Elder Viana Costa, o engenheiro e auditor do Ministério do Trabalho, Paulo Roberto Cervo; a representante da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Ingrid Quadro de Melo, o representante do presidente da OAB, Luciano Duarte, e o diretor da Federação dos Trabalhadores de Crédito de Santa Catarina e presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó, Alzumir Rossari. Situação Através de investigação do Ministério Público do Trabalho, a procuradora Quézia propôs uma ação civil pública, que tramita na 7ª Vara do Trabalho. Conforme a procuradora, funcionários com cargo de gerência tiveram suas funções retiradas após a incorporação e passaram a atuar no autoatendimento. Muitos com 50 anos de idade ou mais, e 20 anos ou mais de serviços prestados estão sofrendo discriminação. “Afora os princípios jurídicos não está sendo observado o princípio da dignidade humana”, relatou a procuradora. Rossari esclareceu que, durante a incorporação, o BB deu a opção dos funcionários aderirem à sua carreira, que é regida pela CLT, ou continuarem com a do BESC, que prevê estabilidade. “Quem não aderiu à carreira do BB foi discriminado, teve regressão na carreira e piso salarial mais baixo. Até mesmo as ausências autorizadas no trabalho têm um tempo menor”, discorreu. Luciano Duarte tratou o atual quadro como um período de ditadura financeira e declarou-se indignado que, por uma questão de aumento de lucratividade, direitos fundamentais são rechaçados. O gerente de pessoas do BB, Elder Viana, esclareceu que o que ocorre não é discriminação, mas escolha entre carreiras diferentes. Para ele, a questão é respeitar as diferenças de carreiras ou estender, a um pequeno número de pessoas – 145 das 3.000 e poucas incorporadas –, benefícios das duas, o que acarretaria estender a todos, aproximadamente 120 mil funcionários de todo o Brasil. Reinaldo Yokoyama registrou o grande desafio da incorporação e que, nesses casos, sempre há pontos negativos que tendem a sobressair, mas relatou, também, os números elevados de egressos do BESC na superintendência de Santa Catarina, casos de funcionários que tiveram oportunidades que nunca teriam se continuassem no banco e falou sobre todas as mudanças proporcionadas aos funcionários. “Evitamos que o BESC fosse diluído no rol de instituições privadas, permitimos acesso a novas plataformas bancárias, investimos em capacitação, voltada ao crescimento pessoal”, defendeu. Funcionários do BESC, presentes, manifestaram seu ponto de vista contrário aos gestores do Banco do Brasil e seus sentimentos de injustiça. Encaminhamentos Dirceu Dresch parabenizou a todos pela luta pela não privatização da empresa e refletiu sobre a dificuldade de intervenção dos governos quando não se tem uma instituição financeira pública. Defendeu que se leve o debate à presidência do BB em Brasília para o esclarecimento da questão. Entre os encaminhamentos ficou decidido que a Assembleia deve colaborar na intermediação da reabertura de negociação entre os trabalhadores oriundos do BESC com a direção do Banco do Brasil, em Brasília. Nesse sentido, será composta uma comissão para articular reunião com a direção do Banco do Brasil, no mês de fevereiro de 2012. Serão enviadas, ainda, as notas taquigráficas para todos os representantes de instituições e entidades que fizeram parte da mesa. (Michelle Dias)
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