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11/10/2013 - 13h41min

Assembleia Legislativa sedia 5º Fórum de Discussão em Diagnóstico Bucal

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V Fórum de Discussão em Diagnóstico Bucal. Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência ALESC

Estimativas consolidadas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que em 2012 foram diagnosticados 14.170 novos casos de câncer de boca a cada 100 mil habitantes. A doença é o tema principal da 5ª edição do Fórum de Discussão em Diagnóstico Bucal, realizado hoje (11), no auditório Deputada Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa, em Florianópolis.

O fórum é promovido pelo Ambulatório de Estomatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina (CRO-SC), da Associação Amigos do Hospital Universitário e do Parlamento catarinense. O evento é preparatório para o 6º Congresso Sul Brasileiro de Câncer de Boca, que será realizado nos dias 25 e 25 de abril de 2014, no Centro de Eventos do Sesc Cacupé, em Florianópolis.

Durante todo o dia, 460 participantes, principalmente estudantes e cirurgiões-dentistas, acompanham palestras de profissionais da área de Odontologia, que abordam temas como odontologia hospitalar, hepatites B e C, tratamento para pacientes especiais, novo código de ética, laserterapia em estomatologia, entre outros. “O objetivo é discutir temas relacionados às doenças de boca, que são muitas e afetam a qualidade de vida dos pacientes. O profissional precisa conhecer a cavidade bucal e as outras lesões, além das cáries e das doenças de gengiva, e intervir sempre de maneira precoce para que o paciente possa se beneficiar com o diagnóstico e o tratamento o mais rápido possível”, ressaltou a professora Liliane Grando, presidente da comissão organizadora do evento.

A importância do diagnóstico precoce de câncer de boca foi destacada pela professora doutora Maria Luisa Somacarrera Peres, da Universidad Europea de Madrid, que palestrou nesta manhã. “Infelizmente, nos tempos atuais, em todo o mundo, o paciente com câncer de boca chega aos consultórios com a doença em estágio muito avançado. Por isso, o tratamento às vezes precisa ser muito agressivo, com cirurgia, quimioterapia, radioterapia, e se torna um caminho longo, difícil, custoso e doloroso”.

A palestrante internacional alerta que as pessoas devem buscar atendimento profissional ao perceberem lesões brancas ou avermelhadas na boca que não curam. “Há uma desinformação quanto ao câncer de boca. O paciente está pouco conscientizado e informado, de maneira que não dá importância às lesões que têm. O diagnóstico precoce possibilita um tratamento melhor, com mais chances de cura”, salientou.

A incidência de câncer de boca, conforme dados no Inca, é maior no sexo masculino. Dos 14.170 novos casos da doença a cada 100 mil habitantes em 2012, 9.990 são homens e 4.180 mulheres. “O número de casos tem crescido de maneira assustadora e o que tem nos preocupado é a mudança do perfil. O câncer de boca sempre esteve muito associado ao tabagismo e ao etilismo, ou seja, pessoas que fumam e bebem têm mais chance de ter a doença. No entanto, temos observado que estão sendo acometidos mais pacientes jovens que não fumam e não bebem e também mais mulheres, tendo o câncer associado a infecção por  vírus como o HPV oncogênico”, explicou a professora Liliane.


Na opinião do deputado Renato Hinnig (PMDB), o assunto precisa de mais divulgação. “Esse câncer já ocupa o 7º lugar no país em número de casos diagnosticados. O tema carece de discussão. Às vezes as pessoas não prestam atenção em sinais evidentes. E buscar ajuda logo é fundamental para alcançar a cura dessa doença tão séria”, disse.

Programação:
8h30: Abertura dos trabalhos
9h às 10h30: Dra. Maria Luisa Somacarrera Peres (convidada internacional), Universidad Europea de Madrid, Espanha
Lesiones cancerígenas e Cáncer Oral

Intervalo

10h às 11h30: Dra. Liliane J. Grando, UFSC, Florianópolis
Laserterapia de baixa intensidade em Estomatologia e Odontologia Hospitalar
11h30 às 12h: Dr. Francisco Aranha, Univali, Itajaí
Osteonecrose dos maxilares pelo uso sistêmico biofosfonatos
Intervalo
14h às 14h30: Dra. Elisabete Ulsenheimer Rojas, Onlinelab, Florianópolis
Importância das Hepatites B e C na Odontologia
14h30 às 15h30: Dra. Maria Luisa Somacarrera Peres, UEM, Espanha
Xerostomía en pacientes sistematicamente comprometidos y oncológicos
Aplicaciones diagnósticas de la saliva; determinación de fármacos y drogas


Intervalo

16h às 16h30: Dra. Caren Régis Bueno San Thiago, CRO-SC, Florianópolis
Novo Código de Ética em Odontologia
16h30 às 17h: Dra. Alessandra Rodrigues de Camargo, UFSC, Florianópolis
Tratando o pacientes especial em Odontologia
17h às 17h30: Dr. Filipe Modolo Siqueira, UFSC, Florianópolis
Parece, mas não é: como lesões graves podem mimetizar lesões indolentes e causarem problemas para o cirurgião-dentista

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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