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14/03/2012 - 13h14min

Alunos e educadores de Chapecó debatem navegação segura na web

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Alunos e educadores de Chapecó debatem navegação segura na web
Cerca de 200 alunos de escolas municipais de Chapecó, além de dezenas de professores e orientadores educacionais das redes municipal e estadual da região, participaram nesta terça-feira (13), no centro de eventos Plínio Arlindo de Nes, de seminário e oficinas sobre o uso e navegação segura da internet. O evento foi patrocinado pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e pelo Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude do Ministério Público catarinense. De acordo com o psicólogo Rodrigo Nejm, diretor de prevenção de crimes cibernéticos da Safernet/Brasil, os mesmos cuidados que os pais têm com as crianças e adolescentes que saem de casa para frequentar espaços públicos como a praça ou o shopping, precisam ser transpostos para a internet, o maior espaço público do planeta. “Assim como tem rua perigosa, horário que não é seguro sair de casa ou conteúdos proibidos para menores de 18 anos, na rede mundial essas restrições também estão presentes”, explicou Rodrigo. Além disso, questionamentos que valem para a rua ou para a balada, como “aonde você vai?”, “com quem vai”, “que lugar é esse?”, “quem frequenta?”, também devem ser feitos em relação aos sites acessados, as redes sociais utilizadas e aos amigos virtuais dos filhos. “Quantos de nós fazemos as mesmas perguntas aos nossos filhos quando ligam o computador e navegam pelo ciberespaço?”, questionou o psicólogo. O diretor da Safernet citou o exemplo de uma criança que procura no Google a palavra “melancia” para um trabalho de Ciências. Entre as opções que a ferramenta oferece estão informações acerca da fruta, mas também sobre a “mulher melancia”. Se a criança clicar sobre a imagem da “mulher melancia”, em três segundos terá acesso a conteúdos pornográficos. “É como se ela tivesse ido a uma locadora e enchido a mochila com filmes para maiores de 18 anos”, exemplificou o psicólogo. A solução, segundo Rodrigo, é simples e não implica necessariamente em familiaridade dos pais ou responsáveis com as ferramentas digitais. O caminho é mostrar que a web não é uma terra sem lei, um universo paralelo totalmente diferente do mundo presencial, um paraíso da impunidade, mas um local em que prevalecem os direitos humanos e os valores deles decorrentes, onde a discriminação, o racismo, a violência, o preconceito, o aliciamento e o abuso sexual são crimes, punidos como quaisquer outros, não importando se praticados com ou sem uso da rede mundial. O especialista em navegação segura lembrou que a partir dos 12 anos os adolescentes estão sujeitos a responder na Justiça por ações ilegais praticadas na web e os pais podem ser condenados a pagar indenizações às vítimas dos abusos dos filhos. “Proibir o uso da internet não resolve o problema. Ainda não foi inventada tecnologia mais eficiente que o diálogo, a orientação e a promoção do uso responsável”, ensinou Rodrigo. A gerente regional de Educação de Chapecó, Maria Letícia Baldin, declarou que os gestores escolares estão horrorizados com uso inadequado da internet, “mas ninguém tem coragem de tratar o assunto publicamente com os estudantes, pais e educadores”. Para a secretária municipal de Educação de Chapecó, Astrid Tozzo, “é preciso colocar limites, dizer não às crianças”. A promotora da Infância e Juventude de Chapecó, Vânia Piazza, destacou que é importante que pais, educadores e crianças tenham consciência dos riscos inerentes à internet, como a exposição aos conteúdos que incitam à violência e à intolerância. “Existe um perigo crescente da criança ser seduzida por pessoas que desejam estabelecer contatos sexuais”, frisou a promotora. A internet e as crianças Segundo o Ibope/NetRatings, 11,4% dos usuários ativos da internet no Brasil têm entre 2 e 11 anos. De agosto de 2005 a agosto de 2007, o número de crianças brasileiras usuárias da internet entre 2 e 11 anos aumentou 77%, enquanto o crescimento geral da web foi de 66%. Em 2009,69% dos adolescentes entre 10 e 15 anos tinham acesso à internet. Em 2010 esse número subiu para 75%, incluídas todas as classes sociais. A repercussão entre os alunos Segundo Suelem Guterres (12), aluna do 7º ano do Colégio Municipal Fedelino Machado dos Santos, do bairro Efapi, seus pais demonstram preocupação com o tempo de uso e com os sites que acessa em casa. “Pelo menos uma vez a cada manhã minha mãe se aproxima do computador para ver o que estou acessando”, explicou Suelem. Após o seminário, a aluna afirmou que vai usar o computador com mais consciência, porém declarou que não vai comentar em casa sobre o que ouviu. Kauna Lopes Hirt (12), aluna do mesmo colégio, disse que vai “conversar somente com internautas que conhece pessoalmente”. E Francieli Antunes Weirich (12) disse que além de não \"falar\" com desconhecidos, não pretende expor relações pessoais na web. (Vitor Santos) Dicas de segurança para pais e crianças Ensine seus filhos a desconfiarem da identidade e das intenções das pessoas que elas conhecem na internet; Instrua-os a nunca divulgarem dados pessoais, como nome, endereço, telefone. Recomende que usem apelidos; Fique atento para que seus filhos não marquem encontros com pessoas que eles conheceram na internet sem a sua permissão; Mantenha o computador em uma área comum da casa, de forma que a família possa participar do uso feito pelas crianças; Acompanhe-os quando utilizarem computadores de bibliotecas, lugares públicos, lan houses; Estabeleça regras razoáveis do uso da internet, indicando quais são os sites apropriados e quanto tempo eles podem usar o computador; Se necessário, instale no computador programas que filtrem e bloqueiem sites suspeitos; Estimule-os a contar se passaram por algo suspeito ou constrangedor; Evite moralismos. A conversa sincera entre pais e filhos, inclusive sobre sexualidade, é a melhor maneira de enfrentar os perigos da pedofilia na internet; Planeje horários de lazer, para toda a família, que sejam longe da televisão e do computador, tais como jogos, brincadeiras e passeios; Cuidado, nunca teremos certeza de quem está por trás de um perfil, de um e-mail ou apelido; Não envie fotos pessoais; Não comente sobre horários e lugares onde estará; Não aceite provocações e disputas que possam trazer problemas na vida real; Quando receber mensagens agressivas e com conteúdo impróprio denuncie ou chame um adulto de sua confiança; Não envie nem repasse mensagens que agridam outras pessoas; Bloqueie o contato dos agressores no celular, chat, e-mail e redes de relacionamento; Jamais se deixe levar por pressões para produzir ou publicar imagens sensuais.
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