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04/05/2012 - 14h30min

“A inclusão que dá certo” foi tema de palestra que abriu o seminário sobre inclusão de pessoas com d

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Seminário sobre o processo de inclusão escolar da pessoa com deficiência no Brasil - Blumenau - Palestrante: Professora Rosita Edler Carvalho
Gestora da Educação Especial na Secretaria de Educação Especial do Rio de Janeiro, Rosita Edler Carvalho, iniciou sua fala no Seminário sobre o Processo de Inclusão Escolar da Pessoa com Deficiência no Brasil, na manhã desta sexta-feira (04), em Blumenau. Rosita destacou que sua função primeira é a de professora primária, de educadora e abordou o processo de ensino-aprendizagem, ressaltando o quanto os vínculos entre alunos e professores, entre alunos e alunos gera um sentimento de auto-estima e aceitação e do papel fundamental dos relacionamentos afetivos para o bom andamento do processo de inclusão. Aos 75 anos, ela continua suas pesquisas sobre inclusão na educação. “Antes de qualquer coisa, de passar pelos gabinetes, meu papel principal foi sempre o de educadora. Nos meus 56 anos de vida profissional sempre procurei me dedicar ao objeto sobre o qual estamos tecendo nossas inflexões. É no dia-a-dia, na sala de aula, nas instituições que temos material para analisar e buscar soluções práticas.” A palestrante apresentou um estudo-piloto realizado nas Apaes de Vitória (ES), e colou-se à disposição para realizar estudo semelhante em Santa Catarina. Sua pesquisa incluiu crianças e adolescentes com síndrome de down, surdez, múltiplas deficiências, deficiência intelectual, paralisia cerebral e autismo. O estudo analisou as escolhas de crianças feitas pela líder das turmas, para a formação de grupos ou para passear, e verificou que muitos dos não escolhidos tinham deficiências diferentes dos que escolhiam e das dificuldades na interação de vínculos pelas instituições. Rosita criticou a falta de conhecimento das neurociências entre os educadores. “Nós não recebemos nos nossos cursos de formação maior contribuição das neurociências cognitivas. A inclusão dá certo quando chegamos a alguns conceitos comuns e quando no processo ensino-aprendizagem a criação de vínculos tem grande importância para a interação psicossocial dos aprendizes”. A questão do desejo dos educadores também é motivo de pesquisas, segundo a educadora, e são significativas para o processo de inclusão. Os estudos neurocientíficos são apontados, por ela, como determinantes na evolução deste processo, pois evidenciam que pessoas com deficiência intelectual precisam de educação especial, e que é preciso respeitar as diferenças individuais. Rosita finalizou sua exposição ressaltando que a inclusão pode dar certo desde que exista contribuição de pesquisas qualitativas que apontem evidências e que se continue o debate e não o embate, sobre o tema, com as famílias e com as pessoas com deficiência. “Educação inclusiva implica a interação de todas as políticas públicas em torno do tema”. (Michelle Dias)
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