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Valor de avaliação do terreno é metade do que foi pago pelo MPSC
Detalhes sobre a avaliação do imóvel adquirido pelo Ministério Público de Santa Catarina foram esclarecidos na última reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa. Na próxima semana quatro corretores serão ouvidos.
Por duas horas três engenheiros civis conversaram com os cinco deputados membros da CPI. Luiz Paulo Averbeck, Pedro Paulo Soares Ramos e Orlando da Silva Filho foram contratados pelo MPSC para realizar avaliações do terreno com prédio para ser construído na rua Bocaiúva, no centro de Florianópolis. É este contrato, sem licitação, no valor de R$123 milhões, que está sendo investigado. Todos os depoimentos deixaram claro que o levantamento de custos da obra foi feito sem visita interna ao local. Os profissionais, habilitados pela Caixa, levaram em consideração no levantamento o alto padrão exigido para a nova sede da entidade.
Por possuir restrições ambientais o local estava a venda há anos, porém estes detalhes não chegaram a ser considerados na avaliação do contrato. Segundo o relatório de Luiz Paulo Averbeck, o terreno custaria R$ 20 milhões, mas o imóvel foi negociado pelo MPSC por R$ 38 milhões, quase o dobro do que valeria. Para o relator da CPI, o deputado Jailson Lima (PT), este é um forte indício de irregularidades. "Ele especifica o valor do terreno, e é bem inferior do que teria sido desembolsado pelo MPSC. Isto precisa ser investigado. Precisamos de seriedade e transparência com o dinheiro público", afirma.
Os profissionais também não souberam precisar o que teria motivado a mudança de viabilidade 10 mil m² para 20 mil m², sem que tenha ocorrido neste período aprovação de um novo Plano Diretor na cidade.
Acompanharam os depoimentos três representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, que solicitaram participar da mesa de trabalhos. O próximo encontro da CPI será na terça-feira (1º), às 17 horas, com a presença de quatro testemunhas, os corretores José Carlos Antunes, Dário João de Andrade, Telma de Souza e Dáurea Fidelis.
Patricia de Melo
Assessoria de Comunicação Dep. Jailson Lima
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