Sargento Lima apoia luta contra exploração do xisto em Papanduva
Moradores de Papanduva pediram o apoio do deputado Sargento Lima (PSL) na luta contra a exploração do xisto betuminoso no município. Eles argumentam que a região é produtora de alimentos, e a mineração afetaria a terra, além de contaminar os rios. A região é um divisor de águas, e o Rio Itajaí-Açu seria afetado por afluentes atingidos pela exploração mineral.
O parlamentar garantiu seu apoio à causa dos produtores rurais e ressaltou que, nos dias de hoje, a exploração de combustíveis fósseis é um retrocesso. “Nem tudo que dá dinheiro é bom”, frisou Lima, ao destacar que “a venda de drogas também dá dinheiro”.
Papanduva tem mais de 18 mil habitantes, e a economia está baseada na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, além de pecuária. Calcula-se que mais de 500 famílias de agricultores seriam afetadas pela mineração. A agropecuária está na história do município, por onde passou o chamado Caminho das Tropas. Esse era o traçado dos antigos tropeiros que conduziam o gado do Rio Grande do Sul para Sorocaba (SP).
O xisto da região está próximo à superfície. Além da mineração afetar a terra, os rios receberiam a carga de elementos poluentes, como metais pesados e sais.
A partir do xisto podem ser gerados óleo e gás combustíveis, gás liquefeito e enxofre, e outros itens que podem ser usados em indústrias de asfalto, cimenteira e cerâmica. O problema, dizem os moradores, é o impacto ambiental e econômico na agropecuária, que sustenta o município.