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Queijo artesanal serrano ganha espaço na Expolages 2016
De um produto proscrito até o final de agosto deste ano, o queijo artesanal serrano ganhou espaço na Expolages 2016, encerrada no domingo, no Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages. Um concurso reuniu queijeiros da Serra, que elegeu os preferidos pelo voto popular e do júri técnico. E os paladares das duas votações deram a Luiz Córdova, de Lages, os troféus de melhor queijo serrano.
Apesar da distinção promovida pela Epagri, o foco dos produtores não está no troféu, mas em se adaptar à lei do deputado Gabriel Ribeiro (PSD), que disciplina a produção e a venda do queijo artesanal e que tirou o produto da clandestinidade. A construção de novas queijarias ou reforma das existentes vem ocorrendo conforme as especificações sanitárias.
A categoria busca os selos SIM (Serviço de Inspeção Municipal) ou Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), que dão garantias para o produto ser vendido apenas no município onde é produzido ou no país interior, respectivamente. Queijeiros de pequenos municípios buscam o Sisbi, para que o mercado não seja restrito.
Como autor da lei, o deputado Gabriel Ribeiro foi convidado para acompanhar o concurso e entregar troféus. Ele destacou o significado do queijo artesanal para a pequena propriedade rural e as peculiaridades produtos: elaborado a partir do lei cru e de sabor característico.
O queijo artesanal serrano conquistou um espaço na Expolages. Paralelo a isso, o mercado serrano começa a oferecer o produto legalmente. O processo que a Serra Catarinense está vivenciando com a lei do queijo se assemelha ao que já ocorreu em Minas Gerais. Hoje, aquele Estado tem os seus produtos nos principais mercados do Brasil. Queijeiros serranos têm visitado Minas para saber como seus colegas daquele Estado fizeram para conquistar o paladar dos brasileiros.
A Serra do Rio Grande do Sul está numa batalha semelhante à catarinense. Porém, os queijeiros gaúchos ainda fabricam queijo artesanal apenas para o consumo ou vendem clandestinamente. O projeto de lei no RS ainda não foi votado pela Assembleia Legislativa gaúcha. O produto dos dois Estados têm história e forma de produzir semelhantes. Nos dois casos, o sabor se distingue de outros queijos pela maneira que o gado é criado.
