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06/04/2016 - 16h57min

“Panama Papers” tem baixa repercussão na mídia pela ausência do PT

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Deputada Luciane Carminatti FOTO: Luis Gustavo Debiasi/Agência AL

A deputada Luciane Carminatti (PT) afirmou hoje (06), na tribuna da Assembleia Legislativa, que está intrigada com a baixa repercussão na imprensa brasileira do caso “Panama Papers”, investigação internacional do que pode ser o maior esquema de corrupção já flagrado na história. “Foram revelados segredos fiscais de milhares de políticos e empresários do mundo inteiro que utilizam a empresa panamenha Mossak Fonseca há décadas para esconder manobras financeiras e financiar seus interesses pessoais”, explicou a deputada.

Mas, segundo Luciane, estranhamente enquanto o assunto predomina na mídia mundial desde domingo, os principais jornais do Brasil, onde sete partidos são atingidos pelo escândalo, fazem pouquíssimas menções. “Uma nota na capa de um, uma matéria sem destaque no site de outro... Por quê será que isso acontece?”, questionou. Ela ressaltou que apenas nós, brasileiros, não estamos falando do assunto.

“O jornal argentino El Clarín, um dos apoiadores da campanha de Mauricio Macri, apurou que o presidente tinha uma segunda offshore há até pouco tempo, e agora vem dando todo o destaque ao caso. O site do The Guardian, um dos jornais mais importantes da Inglaterra, desde o início desta semana dá destaque ao Panama Papers, que atinge também a União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) e possivelmente se relaciona com outros escândalos, como os da FIFA”, elencou.

De acordo com a deputada, o site da Deutschwelle, da Alemanha, está com uma área especial desde o fim de semana, tratando de diversas repercussões em todos os principais países envolvidos e investigando novas suspeitas. Luciane disse que a primeira explicação que lhe vem à cabeça é a relação dos partidos aos quais pertencem os políticos citados: PDT, PMDB, PSDB, PP, PSB, PSD e PTB. “Como não há nenhum acusado do PT, a inserção de outra pauta que não seja a do impeachment no debate nacional acabaria afetando toda a narrativa golpista que setores da mídia vêm criando”.

Luciane destacou que só dos citados na Lava Jato são 57 denunciados pelos “Panama Papers”, incluindo Eduardo Cunha, o ex-deputado federal João Lyra, o senador Edison Lobão, o deputado federal Newton Cardoso Jr e o ex-senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu em 2014.

Outra hipótese levantada por ela para a escassez de notícias sobre o escândalo na imprensa é a de que ela não sabia onde estava entrando quando começou a falar da Mossak Fonseca. “Esta empresa já vinha sendo investigada pela mídia em janeiro, quando se acreditava que ela poderia expandir a Lava Jato e acabar atingindo Lula. Investigadores da PF estiveram no escritório da empresa aqui no Brasil. Entretanto, pouco depois a Mossak subitamente saiu do noticiário”, lembrou Luciane.

Segundo ela, isso ocorreu mais ou menos no começo de fevereiro, quando a imprensa alternativa revelou indícios da ligação entre a mansão da família Marinho em Paraty, no RJ, e empresas offshore relacionadas à Mossak Fonseca. “Coincidência?”, perguntou a deputada.

O chamado “Panama Papers” é o resultado do trabalho em conjunto de 107 organizações jornalísticas, incluindo algumas brasileiras. Estão sendo analisados e divulgados 11 milhões de documentos obtidos da empresa panamenha Mossak Fonseca que ajudava gente do mundo inteiro a lavar dinheiro e evitar o pagamento de impostos usando empresas “offshore”. No Brasil, não é nenhuma novidade que milionários e políticos corruptos do mundo todo utilizam os paraísos fiscais para ocultar patrimônio de todo o tipo. “Há pouco tempo, por exemplo, foi revelado que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, esconde valores altíssimos em contas na Suíça, o que pode inclusive acabar lhe rendendo o cargo por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica”, exemplificou Luciane.

 

 

 

 

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Luciane Carminatti
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