Padre Pedro mobiliza homens para acabar com violência contra mulheres
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) comentou, na manhã desta quinta-feira (27), a necessidade profunda da implementação de políticas públicas para acabar com a violência contra as mulheres. Para isso, seu mandato promoveu a reinstalação da Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher e o lançamento da campanha #ElesPorElas, da ONU Mulheres que ocorreu ontem (26), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Ambas as ações pretendem mobilizar homens e meninos pela igualdade de gênero e contra a violência. “Fica o desafio, o convite para que o Parlamento, através dos deputados homens, possa se somar nesta luta, nesta caminhada de extrema importância”, afirmou.
O parlamentar considerou inadmissível que no século 21 ainda vivemos esta situação de violência doméstica contra a mulher e de uma forma acentuada e assustadora, com muitos assassinatos. “Ao mesmo tempo em que fizemos o relançamento desta frente, temos vários desafios. Somos um dos primeiros estados, junto com o Rio Grande do Sul, a construir a frente”, disse. Com o deputado estadual Edegar Pretto (PT/RS), Padre Pedro pretende instalar uma frente Parlamentar no Congresso Nacional, unindo o Senado e a Câmara Federal.
“Para que, mais do que nunca, homens e meninos possam se revestir deste compromisso para que possamos mobilizar a sociedade e fazer o enfrentamento a esta situação caótica que se vive em nível de estado, de País e de mundo”, destacou. Segundo Padre Pedro, entre os 100 municípios brasileiros com maior índice de violência, cinco são catarinenses (Lages, Balneário Camboriú, Mafra, Chapecó e Criciúma). “E o pior, a violência doméstica ocorre dentro dos próprios lares”, comentou.
Por isso, é preciso urgentemente fazer o enfrentamento. “A casa, o lar, que deveria ser o grande espaço da segurança e da tranquilidade, se torna o espaço da insegurança e da violência, levando até mesmo a própria morte”, comentou. Padre Pedro disse que houve avanços significativos e importantes, mas que não podemos continuar omissos diante de qualquer tipo de violência, acentuadamente contra a mulher. “Não podemos mais admitir e aceitar uma sociedade que infelizmente é essencialmente machista e que está impregnada desta cultura de que o homem tem que estar acima de tudo e de todos. Este projeto é para estabelecer mais dignidade e igualdade.”
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