Padre Pedro defende política de Estado para produção agroecológica
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) defendeu, nesta quarta-feira (2), durante debate da Jornada Catarinense de Agroecologia, uma política de Estado para a redução do volume de agrotóxicos utilizados no campo. “O governo precisa oferecer incentivos que minimizem o impacto na renda das famílias e para que os agricultores possam fazer uma transição para a produção agroecológica.” O parlamentar apresentou no ano passado na Assembleia Legislativa o Programa Estadual de Redução do Agrotóxico (Proera) nos mesmos moldes do nacional e o projeto está em tramitação.
O PL prevê um conjunto de medidas, que vão desde o acesso e o incentivo a produtos de origem biológica que substituem produtos utilizados na agricultura convencional, estímulo à produção de base agroecológica, assistência técnica, até a criação de locais de uso restrito de agrotóxicos e áreas livres, entre outras ações.
“Caso contrário, vamos continuar alimentando a população com veneno e as consequências serão drásticas.” Segundo o parlamentar, a região da faixa de fronteira de SC com a Argentina tem acréscimo de 800 novos casos de câncer por ano. Ele propõe incentivar as iniciativas para usar menos tóxicos e penalizar os que usam produtos há anos proibidos em seus países de origem e que são enviados ao Brasil, causando prejuízo direto à saúde e qualidade de vida da população. “Aqui tudo é permitido. O governo federal tem liberado mais de um tipo de veneno a cada dia. Parou um pouco agora na pandemia. Nossa água está comprometida, o solo, a terra, o ar, a comida. O que vai ser do nosso povo?”, questionou.
Para Padre Pedro, não vamos morrer de fome com a redução dos agrotóxicos, porque muita gente vai produzir alimento saudável para chegar na mesa do consumidor. “Queremos comer comida saudável. Um pai, uma mãe não quer botar na boca de seu filho um copo de veneno.” Ele acredita que temos que mudar a mentalidade de que só há esta forma de cultivo. “É claro que precisamos de tempo para a mudança, de um modelo de transição e o governo tem que dar suporte para evoluirmos com eficiência e sem maiores prejuízos”, salientou.
Juliana Wilke
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