Padre Pedro defende política de Estado para conservação da água
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) fez um apelo, nesta terça-feira (24), no Dia do Rio, ao Parlamento (Alesc), ao governo do Estado e às entidades empresariais para, unidos, avançarem em medidas efetivas de preservação e conservação da água, para que possam, não só emergencialmente reduzir os impactos da atual situação de estiagem severa, mas estar preparados para enfrentar situações extremas de seca ou de muita chuva. “Porque a situação vai continuar se repetindo, com eventos cada vez mais extremos e com maior frequência por causa do aquecimento global.”
Segundo ele, se providências não forem tomadas imediatamente, a população será exposta a gravíssimas consequências. “Temos que ir além de projetos paliativos, avançar, ir às causas, às origens e tem que ser uma política de estado envolvendo as três esferas de governo para construirmos ações estratégicas.”
O dia 24 de novembro é o Dia do Rio, conforme lei estadual de autoria do deputado de 2005, seguindo data comemorada em todo o mundo. “Passou a ser uma data simbólica de atividades no calendário catarinense, que ganha mais importância neste momento em que passamos pela pior estiagem dos últimos 50 anos.” Ele disse que há 22 rios em situação grave em SC, 12 em emergência completa, quase sem água, seis na condição de alerta e quatro em estado de atenção.
Padre Pedro explicou que o objetivo da data é lembrar a importância da água para a humanidade. “Temos uma grande responsabilidade, porque 13,8% das águas de rios no mundo estão no Brasil.” Ele lembrou que em apenas um dia, em 2012, mais de mil alunos se reuniram em Água Doce e em várias cidades do estado as escolas realizaram atividades conjuntas de mobilização. Em Campo Erê elaboraram documento com objetivos claros de preservação.
“Entre os objetivos do Fórum do Aquífero Guarani e do Dia do Rio foram mobilizadas cerca de 40 mil pessoas, apresentadas propostas, construídos debates com especialistas, pesquisadores e com entidades da agricultura. Pouco ou nada do que propusemos foi incorporado pelos governos.” O parlamentar destacou que uma das razões é a omissão histórica dos governos.
Padre Pedro disse que as manifestações são desesperadoras. No extremo oeste, oeste e meio oeste os prejuízos são enormes com a redução da qualidade das pastagens, do peso dos animais, da perda significativa da renda das famílias; “80% da produção de leite está na região afetada.” Ele informou que na região de Concórdia, dos 14 municípios 13 decretaram situação de emergência, na regional de Xanxerê, dos 20 cidades, há 14, em Chapecó, de 22, tem 19, na região de Maravilha, dos 17, todos decretaram e em São Miguel do Oeste, dos 19 municípios, 17 estão em situação de emergência.
Juliana Wilke
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