Novo prazo para testes de mormo facilita a realização de rodeios
A Secretaria de Estado da Agricultura baixou portaria ampliando o prazo para 180 dias entre exames laboratoriais para a doença do mormo, que afeta os cavalos. A medida baixará o custo para a realização de eventos rurais, como rodeios e tiros de laço. O pedido para ampliar o prazo tinha sido feito pelo deputado Gabriel Ribeiro (PSD) por meio de uma indicação aprovada na Alesc.
A portaria assinada pelo secretário Moacir Sopelsa estabelece uma série de regras a serem cumpridas, e tem base numa instrução do Ministério da Agricultura, na qual está previsto que “os serviços de defesa sanitária animal dos estados baixarão normas para o controle do trânsito de equídeos em seus respectivos territórios”.
O problema havia sido levado ao deputado por representantes de Centros de Tradições Gaúchas da Serra Catarinense em novembro do ano passado. Ainda naquele mês, a Assembleia Legislativa aprovou uma indicação de Gabriel Ribeiro, que também se reuniu com Sopelsa para discutir o assunto.
Pela portaria, quando o trânsito de cavalos for entre municípios catarinenses, o prazo foi ampliado de 60 para 180 dias, desde que todos os animais da propriedade tenham passado pelo teste de sangue feito em laboratório. No entanto, se os exames foram apenas em parte dos animais da propriedade, o prazo fica em 60 dias. A portaria ainda trata de outras hipóteses, como a de animais que vão para outros estados, mas nesses casos, o prazo permanece em dois meses.
A portaria da Secretaria da Agricultura foi publicada no Diário Oficial do Estado na edição do dia 6 de maio. Gabriel Ribeiro destaca que, além do custo, há poucos laboratórios que fazem este exame, e que a decisão não abre mão da segurança sanitária.
Havia 11 anos que a doença não era registrada em Santa Catarina. Em abril de 2015, os técnicos da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC) detectaram um foco de mormo no município de São Cristóvão do Sul, na Serra. O mormo é uma doença infecciosa causada por bactéria e é mais frequente em equídeos, mas também pode ser contraída por outros mamíferos, como cachorros, gatos e até pelo homem.