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19/04/2016 - 17h51min

Luciane lamenta despreparo dos deputados federais em comissão do impeachment

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Deputada Luciane Carminatti

A deputada Luciane Carminatti (PT) lamentou, na sessão desta terça-feira (19) na Alesc, o show de absurdos e incompetência ocorrido em uma das instâncias políticas mais importantes do Brasil. “O episódio nos transformou em piada internacional. Mesmo os jornais mais liberais, geralmente contrários ao governo de ficaram chocados com o baixo nível do debate político e tratam a votação de domingo como um programa de auditório tragicômico”, ressaltou.

Segundo a deputada, quando Eduardo Cunha determinou que a votação fosse feita em um domingo, ele imaginava que isso causaria um efeito “Copa do Mundo” no país. Todos parariam para assistir pela televisão, se reuniriam em bares e soltariam fogos. “O que ele não imaginava é o efeito contrário que essa decisão teve: espanto e nojo com o despreparo de nossos parlamentares, mais preocupados com seus dez segundos de fama que com a estabilidade do país”, disse Luciane.
Segundo ela, em um processo que definirá os rumos do país, os deputados federais  se esqueceram de que se tratava de uma discussão sobre crime de responsabilidade e resolveram falar de seus pais, esposas e maridos, filhos, avós, rodovias, religião, coronéis torturadores da ditadura militar, a nação de Israel e a o Hospital do Câncer. “Tudo isso comandado pelo deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, réu nas investigações da Lava Jato e beneficiado direto de um possível impeachment, no caso do vice-presidente assumir a presidência”, reclamou. Dos 513 deputados que votaram no domingo 51 são réus no STF, 299 acumulam 1.131 ocorrências judiciais, 191 tem mais de um inquérito ou processo. “É esta quadrilha que quer tirar a presidenta da República, que não tem crime de responsabilidade.”A deputada Luciane questionou como explicar para um observador estrangeiro que estamos discutindo o impedimento de uma presidenta que não responde por corrupção, mas não de um futuro vice com contas ilegais comprovadas na Suíça, inclusive no nome da esposa e dos filhos? “Com carros importados registrados em nome de empresas de fachada? Com denúncias diretas de que teria recebido até R$ 52 milhões de três empreiteiras ao longo de três anos?”
Ela citou que no jornal Notícias do Dia de hoje há uma tabela com as palavras mais usadas pelos deputados favoráveis e contrários ao impeachment ou golpe de Dilma Rousseff neste domingo. No vocabulário dos contrários destacam-se democracia e “golpe”. Já nos favoráveis, destacam-se “família”, “meu”, “filho”, “filha” e referências às suas cidades e estados.  “Ou seja; além de despreparo, nosso parlamento mostrou uma série de argumentos egoístas e pouco preocupados com a validade do processo”, comentou.
Para Luciane, daqui para frente, ficará cada vez mais claro para o brasileiro que nunca se tratou do combate à corrupção, mas de um grande acordo para parar a Lava Jato, salvar Cunha da cassação e retomar o modelo pouco democrático que temos no Brasil há décadas e décadas.
Luciane citou ainda o cenário absurdo representado pela figura do deputado Jair Bolsonaro, dono de um dos discursos mais vazios e preconceituosos da história da política brasileira.
Ignorando qualquer empatia com outros seres humanos, os políticos como Bolsonaro são um resumo de tudo que há de ruim em nossos parlamentares. Foi eleito pelo voto popular, mas defende a ditadura e a tortura em plena democracia. “Me pergunto se ele teria tanta liberdade para defender a democracia em uma ditadura?”

Segundo Luciane, no fundo, trata-se simplesmente de um argumento contrário aos direitos humanos e aos direitos das minorias. “Bolsonaro é homofóbico, racista e machista. Diz que elas não deveriam ser contratadas porque engravidam e isso é custo maior ao empregador. Quantos discursos do Bolsonaro vamos ter que ouvir?”, perguntou. A deputada disse também que ficou muito feliz que a economista Miriam Leitão, uma das torturadas pela ditadura teve coragem após a sessão discriminatória, machista, vexatória de entrar com uma ação judicial pedindo a cassação do Bolsonaro.

 

 

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Luciane Carminatti
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