Em protesto contra feminicídios, Luciane Carminatti organiza ato na Alesc

Com 51 mulheres assassinadas em 2024, parlamentar convoca intervenção para amanhã

Diante do cenário de constante violência contra mulheres em Santa Catarina, a deputada Luciane Carminatti (PT) promoverá uma intervenção pública nesta quarta-feira (19), às 9h, no hall da Assembleia Legislativa (Alesc).

O ato busca chamar atenção para os alarmantes números de feminicídios no estado — 51 mulheres foram assassinadas em 2024. No mesmo período, o Judiciário catarinense expediu aproximadamente 30 mil medidas protetivas.

"Estamos vivendo uma verdadeira epidemia de violência. Cada número representa uma mãe, filha ou irmã brutalmente assassinada, frequentemente por quem deveria protegê-la", afirma.

Principal voz na defesa dos direitos das mulheres no Legislativo, Luciane tem capitaneado projetos de lei e políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência de gênero e à proteção das vítimas.

Entre suas iniciativas estão a ampliação da rede de acolhimento, o fortalecimento dos mecanismos de denúncia e a implementação de programas educativos de prevenção à violência doméstica nas escolas estaduais.

A deputada convoca mulheres a participarem do ato vestindo preto, em sinal de luto pelas vítimas. "Precisamos transformar a indignação em ação concreta. Não podemos normalizar esses números ou tratá-los como mera estatística", ressaltou.

Dados da violência contra a mulher em SC

De janeiro/2024 a dezembro/2024

Feminicídio 51

Lesão corporal dolosa (registros) 12.892

Estupro (registros) 528

Ameaça (registros) 35.093

Medidas protetivas requeridas 30.234

Janeiro e fevereiro 2025

Feminicídio 8

Estupro (registros) 81

Ameaça (registros) 6.049

Medidas protetivas requeridas 5.909

*Os números de violência contra a mulher são da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Estado de Santa Catarina (SSP/SC). Os indicadores de medidas protetivas são do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC). Esses dados estão compilados no site do Observatório da Violência contra a Mulher.

GISELE KRAMA
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