Elogiado pelo Parlamento, Eni Voltolini encerra período de interinidade na Alesc
Em um momento especial, marcado por depoimentos unânimes de elogio à sua conduta pessoal e de parlamentar, e também carregados de emoção, o deputado Eni Voltolini fez hoje a sua despedida do Parlamento Catarinense depois de dois meses de atuação, substituindo ao deputado Reno Caramori, licenciado para tratar de assuntos pessoais, e dentro do sistema de rodízio adotado pelo Partido Progressista. Em apenas dois meses, Eni Voltolini “deixa uma forte marca” no Legislativo, conforme resumiu o deputado Kennedy Nunes (PSD). Uma atuação que, nas palavras do deputado Maurício Eskurdlark (também do PSD), “orgulha a classe política”.
Eni Voltolini deixa o Parlamento que na realidade conhece bem – foi deputado estadual pela primeira vez em 1994, além de líder da Bancada em 1997, sendo depois deputado federal e ocupado outros importantes cargos políticos em Santa Catarina. “Mas, desde 1994 houve uma grande evolução”, admitiu, ao iniciar seu pronunciamento de despedida da tribuna da Assembléia Legislativa.
O curto espaço de tempo não chegou a ofuscar a atuação de Eni Voltolini, embora fosse reduzido demais para a agenda que pretendia. No limitado período de dois meses – na prática, 40 dias que lhe foram proporcionados pelo calendário legislativo de sessões plenárias e trabalho nas comissões permanentes da Casa - o parlamentar colocou em foco questões cruciais, como as questões ambientais “e o sonho” de que se possa adotar regras como a que obrigaria a remuneração dos serviços de água àqueles ruralistas que tenham fonte (de água) em suas respectivas propriedades.
Falou também do Pacto Federativo: em forte pronunciamento em maio, disse que a solução para o desequilíbrio existente na divisão do bolo dos recursos federais entre União, estados e municípios, não seria encontrada com o simples reajuste de percentuais, “não é uma questão simplesmente de números” mas, antes de tudo, “com a interrupção da sequência de responsabilizações aos municípios, o que ocorre com frequência”. Para Eni Voltolini, o grave descompasso atual entre o que recebe a União – 60% dos recursos – enquanto os estados ficam com 24% e os municípios, apenas 14% - “jamais será resolvido com conceituações filosóficas, mas interrompendo a sequência de responsabilização aos municípios”.
Outros temas mereceram também a atenção de Eni Voltolini em seu período de interinidade no Parlamento, tais como a questão da saúde pública, destacando que as contas neste setor precisam ser auditadas, acompanhadas seriamente, para que seja estabelecida a verdadeira relação entre o custo (na saúde) e o benefício social. Outra questão, também prioritária, diz respeito à matriz energética, em especial, ao fornecimento de gás natural em Santa Catarina, que já opera em nível de esgotamento. No mesmo segmento, outro tema levantado foi o da regaseificação de gás natural liquefeito. “Temos que brigar por uma usina de regaseificação para Santa Catarina”, reitera Eni Voltolini, lembrando que chegou a ser prometida uma unidade desse tipo para o município de São Francisco do Sul mas que, por encaminhamento de forças políticas, foi destinada para a Bahia. Outra, que poderia vir para Santa Catarina, agora poderá ser encaminhada para o Rio Grande do Sul.
‘Fez a diferença” – De modo unânime e dentro do tempo regulamentar que a sessão plenária permitiu, os deputados pediram aparte para falar sobre Eni Voltolini: “Ele fez a diferença”, afirma o colega de partido José Milton Scheffer (PP), endossando o coro dos demais parlamentares. Para a deputada Ada de Lucca (PMDB), “Santa Catarina precisa de políticos do seu porte e do seu nível”. Falando em nome do PT, o deputado Jailson Lima reitera que, Eni Voltolini “é um cidadão extremamente qualificado pela essência de sua biografia, pela sua capacidade intelectual profícua”. Já o deputado Ismael dos Santos (PSD) comenta que Eni Voltolini, “exímio orador, que agora nos deixa, pela sua ação ajuda a construção de uma Santa Catarina”. Também repercutindo a atuação de Eni Voltolini , a deputada Angela Albino (PCdoB) destaca a figura de Eni Voltolini como “homem público de elevado valor, que tanto necessita o Brasil”. O deputado Sargento Amauri Soares (PSOL) resgatou o pronunciamento de Eni Voltolini quando chegou à Alesc dois meses atrás: ele enfatizou, desde o primeiro momento, a necessidade de se ter atitude. “É uma pena que ele não fique”, lamenta Amauri Soares.
Gabinete da Liderança do PP
Setor de Comunicação Social
Jandyr Côrte Real/ (48) 99 61 25 42