Dresch critica lideranças do PMDB por aderirem ao movimento golpista
"Querem o impeachment da presidenta para acobertar a corrupção praticada pela maioria dos políticos da oposição"
O deputado Dirceu Dresch (PT) criticou a descisão do PMDB de "desembarcar” do governo federal num momento delicado. Segundo ele, esse posicionamento não ajuda o Brasil. "Lideranças do PMDB mancham a história do partido ao aderirem ao movimento golpista. A saída para a crise do Brasil está na estabilidade política, na governabilidade e no respeito às instituições. Não está no golpe político midiático em curso no país."
Dresch também apontou a incoerência das lideranças do PMDB, que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, fruto de denúncias sem provas, mas não se manifestam contra a permanência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que responde a 11 processos na justiça federal, que incluem corrupção, contas secretas no exterior e falsificação de documentos.
"Cunha já deveria estar há muito tempo fora da presidência da Câmara pelos crimes graves de que é acusado. Já a presidenta Dilma não está sendo investigada em nenhum processo, pois não cometeu nenhuma ilegalidade. Dilma tem uma conduta ilibada, enquanto Cunha é envolvido até o pescoço em corrupção. Querem o impeachment da presidenta pela corrupção praticada pela maioria dos políticos da oposição, é isso que está acontecendo no país. As investigações da Lava Jato mostram que a maioria dos deputados envolvidos pertence ao PMDB. A lista da Odebrecht revela mais de 300 políticos beneficiados de todas as siglas, mas a mídia quer criminalizar o PT."
Articulação para derrubar impeachment
Mesmo com a decisão da cúpula do PMDB de sair do governo, Dresch acredita na capacidade do governo em dialogar com os parlamentares da sigla e dos demais partidos para garantir os votos necessários para derrubar a manobra do impeachment. "A decisão é da cúpula do partido, sabemos que muitos deputados federais, senadores e ministros ficarão ao lado do governo, sabem da sua responsabilidade para com o país e a democracia. Sabem que a saída para a crise não está no golpe, mas sim em garantir condições de governabilidade, aprovando as medidas necessárias."
Repúdio à justiça seletiva
O deputado Dirceu Dresch também voltou a condenar a forma com que as investigações da operação Lava Jato são conduzidas. O deputado disse que o juiz Sérgio Moro resolveu condenar o PT, e não apura e investiga os esquemas de Furnas, Zelotes, as contas no exterior e os trens de São Paulo. “Esse processos não têm o mesmo tratamento porque está havendo uma articulação da grande mídia, de setores do Judiciário e das grandes multinacionais para destruir o governo que mudou a vida dos trabalhadores, que não permite a entrega do pré-sal, de nossas riquezas, de nossas empresas e, agora, de nossa terra”, disse.
Para o deputado, o juiz Sérgio Moro e a grande mídia estão imbuídos de transformar o Brasil numa colônia. “Depois que retirarem o PT do governo, como fizeram com os presidentes João Goulart e Getúlio Vargas, a corrupção vai continuar e ninguém vai falar mais nada. Esse é o grande processo que está em curso no Brasil”, afirmou.
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Deputado Dirceu Dresch - PT/SC
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